DO ENVIADO A ÖHRINGEN

Para o jogo com o Brasil, em Munique, o técnico da Austrália, Guus Hiddink, cogita deixar de fora pelos menos dois jogadores que levaram cartão amarelo contra o Japão.
Quatro atletas (o meia Tim Cahill, autor de dois gols, o atacante Aloisi, que fez um, o volante Grella e o zagueiro Moore) foram advertidos naquele jogo e, pelas regras da Fifa, são automaticamente suspensos se levarem um novo cartão contra o Brasil, ficando fora da partida contra a Croácia, a última da primeira fase.
Para Hiddink, o jogo com os croatas será mais importante que o diante do Brasil, no qual um empate já seria lucro.
O impasse foi o principal assunto das entrevistas dos jogadores ontem e também esteve em voga em blogs australianos.
"Estou pensando seriamente no assunto. Conversamos sobre isso, mas ainda terei de decidir, porque a Croácia se mostrou um adversário muito difícil contra o Brasil, e será duríssimo para nós também", afirmou Hiddink, que é holandês.
O temor dele é guardar os quatro para a "decisão" contra os croatas e, vulnerável, acabar goleado pelo Brasil, o que dificultaria sua classificação à fase de mata-matas.
Um problema adicional para o técnico é convencer os atletas, que sonham em enfrentar o Brasil, da estratégia. "Os caras estão loucos para jogar, mas essa é uma decisão que só cabe a Guus", disse o zagueiro Neill.
"Claro que adoraria estar nesse jogo, e seria de certa maneira frustrante ficar fora, mas tenho de pensar no grupo, pois o jogo contra a Croácia será nossa final de Copa", afirmou Moore. (FV)

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