DO ENVIADO A ÖHRINGEN

A mítica camisa amarela 10 está por todos os lados. Só que não é a do Brasil. Os australianos estão enfeitiçados pelo craque que chamam de Mágico de Oz. Em um simples treino do time de Guus Hiddink, não falta idolatria por Harry Kewell, 27, grande esperança australiana, que, porém, não se destacou na estréia.
"Na Austrália, só procuram a camisa do Kewell. Teve Pelé, Maradona e grandes camisas 10. Para os australianos, esse já é o 10 da história", disse Jason Dale, 33, um dos torcedores nos treinos do time.
"Penso estar bem preparado. Tenho trabalhado bastante, o que tem me mantido em boas condições, mas não exatamente como eu queria", disse Kewell, sobre a contusão sofrida antes da Copa.
O apelido de Mágico de Oz surgiu quando ele despontou como fenômeno na Inglaterra, ainda com a camisa do Leeds -hoje defende o Liverpool. "Como ele fazia coisas magníficas com a bola, ganhou esse apelido lá na Austrália. Não foram os torcedores ingleses que deram o apelido", explicou Stuart Hodge, assessor de imprensa do time australiano, a seleção "OZ", como a chamam.
Mas, após a estréia no Mundial, outro jogador, Tim Cahill, tornou-se também xodó. Com dois gols contra o Japão, passou a ser exaltado pela imprensa australiana. Disputa posição no time com Kewell -ambos podem jogar no meio ou no ataque. E têm em comum carreiras de sucesso na Inglaterra -Cahill joga no Everton. (RODRIGO BUENO)


Texto Anterior: Técnico estuda poupar atletas pendurados
Próximo Texto: Datafolha na Copa: A força da "amarelinha"
Índice