São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 2008

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Nervoso, Brasil ganha vaga olímpica

Seleção feminina de basquete erra muitos arremessos, mas vence Cuba e é o último país classificado para a Olimpíada

Time sente falta de atleta de definição como a ala Iziane, cortada pelo técnico Paulo Bassul, e conquista a virada somente no último quarto

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção feminina assegurou ontem a última vaga em disputa para a Olimpíada de Pequim. Em uma partida nervosa, recheada de erros e precipitações nos arremessos, o Brasil derrotou Cuba por 72 a 67.
Com a vitória, a equipe se juntou a Belarus, Espanha, Letônia e República Tcheca, os outros classificados para os Jogos de Pequim através do Pré-Olímpico Mundial de Madri.
Sem a ala Iziane, cortada pelo técnico Paulo Bassul na sexta-feira, a seleção sentiu a falta de uma finalizadora no ataque.
O time errava seguidos arremessos, precipitando-se em alguns momentos e, em outros, trocando bolas ao léu, ressentindo-se de uma definidora. No jogo, o aproveitamento dos tiros de quadra foi de 42,6%.
A vantagem nacional ocorria no garrafão, com 42 rebotes conquistados, sendo nove pela reserva Mamá. As cubanas, por sua vez, recuperaram 37 bolas após tiros errados, mas dependiam excessivamente de Yakelyn Plutín, que pegou 12.
Com tantos erros de ambas as partes, o primeiro tempo terminou empatado em 34 a 34.
"Falta um pouco mais de atenção. O jogo está totalmente favorável para nós", dizia, na saída para o intervalo, Micaela, cestinha ontem com 22 pontos.
No retorno à quadra, Cuba implantou uma marcação individual mais eficiente, forçando os erros das brasileiras e favorecendo seus contra-ataques.
O time do técnico Alberto Zabala passou à frente e comandava o placar, graças à boa distribuição de bolas para os tiros de longe da armadora Amargo ou embaixo da tabela com as pivôs Plutín e Boulet.
Por outro lado, a marcação cubana mais aguerrida gerava muitas faltas. As brasileiras, contudo, mostravam péssimo índice de acerto na linha de lance livre (57,1% na partida).
Com isso, Cuba abriu uma pequena diferença, ao final do terceiro período (47 a 45).
As caribenhas continuaram dominando o marcador no quarto final. Mas o Brasil, se continuou errando muito, ao menos mudou sua atitude. A entrada de Franciele ajudou a melhorar a defesa. Apesar do físico franzino e do 1,87 m, a ala-pivô conseguiu quatro tocos.
E, em um ataque de Kelly, o Brasil passou à frente com o placar de 65 a 63. A pressão passou às cubanas, que perderam seguidos contra-ataques até o Brasil abrir uma diferença de quatro pontos (69 a 65).
Aturdida, a armadora Gelis errou um arremesso de três pontos quando faltavam seis segundos para o fim. Cuba recorreu, então, a faltas, mas a diferença só aumentou no final.


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