|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Nervoso, Brasil ganha vaga olímpica
Seleção feminina de basquete erra muitos arremessos, mas vence Cuba e é o último país classificado para a Olimpíada
Time sente falta de atleta de definição como a ala Iziane, cortada pelo técnico Paulo Bassul, e conquista a virada somente no último quarto
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção feminina assegurou ontem a última vaga em
disputa para a Olimpíada de
Pequim. Em uma partida nervosa, recheada de erros e precipitações nos arremessos, o Brasil derrotou Cuba por 72 a 67.
Com a vitória, a equipe se
juntou a Belarus, Espanha, Letônia e República Tcheca, os
outros classificados para os Jogos de Pequim através do Pré-Olímpico Mundial de Madri.
Sem a ala Iziane, cortada pelo
técnico Paulo Bassul na sexta-feira, a seleção sentiu a falta de
uma finalizadora no ataque.
O time errava seguidos arremessos, precipitando-se em alguns momentos e, em outros,
trocando bolas ao léu, ressentindo-se de uma definidora. No
jogo, o aproveitamento dos tiros de quadra foi de 42,6%.
A vantagem nacional ocorria
no garrafão, com 42 rebotes
conquistados, sendo nove pela
reserva Mamá. As cubanas, por
sua vez, recuperaram 37 bolas
após tiros errados, mas dependiam excessivamente de Yakelyn Plutín, que pegou 12.
Com tantos erros de ambas
as partes, o primeiro tempo terminou empatado em 34 a 34.
"Falta um pouco mais de
atenção. O jogo está totalmente
favorável para nós", dizia, na
saída para o intervalo, Micaela,
cestinha ontem com 22 pontos.
No retorno à quadra, Cuba
implantou uma marcação individual mais eficiente, forçando
os erros das brasileiras e favorecendo seus contra-ataques.
O time do técnico Alberto Zabala passou à frente e comandava o placar, graças à boa distribuição de bolas para os tiros
de longe da armadora Amargo
ou embaixo da tabela com as pivôs Plutín e Boulet.
Por outro lado, a marcação
cubana mais aguerrida gerava
muitas faltas. As brasileiras,
contudo, mostravam péssimo
índice de acerto na linha de lance livre (57,1% na partida).
Com isso, Cuba abriu uma
pequena diferença, ao final do
terceiro período (47 a 45).
As caribenhas continuaram
dominando o marcador no
quarto final. Mas o Brasil, se
continuou errando muito, ao
menos mudou sua atitude. A
entrada de Franciele ajudou a
melhorar a defesa. Apesar do físico franzino e do 1,87 m, a ala-pivô conseguiu quatro tocos.
E, em um ataque de Kelly, o
Brasil passou à frente com o
placar de 65 a 63. A pressão passou às cubanas, que perderam
seguidos contra-ataques até o
Brasil abrir uma diferença de
quatro pontos (69 a 65).
Aturdida, a armadora Gelis
errou um arremesso de três
pontos quando faltavam seis
segundos para o fim. Cuba recorreu, então, a faltas, mas a diferença só aumentou no final.
Texto Anterior: Há 50 anos: Brasileiros se irritam com Fifa Próximo Texto: Seleção pega chave forte em Pequim Índice
|