São Paulo, domingo, 16 de setembro de 2007

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Oscilante, Palmeiras só pensa na América

Clube abre contra Atlético-PR série de 4 jogos decisivos para Libertadores

Jogadores ensaiam discurso, "ignoram" título nacional e fazem da luta por vaga no torneio continental espécie de campeonato paralelo

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um campeonato paralelo. E uma vaga à Libertadores com status de título. A partir de hoje, quando encara o Atlético-PR, em Curitiba, o Palmeiras enxergará desta maneira o Brasileiro. A taça, no consenso geral, já ficou distante demais da galeria do Parque Antarctica.
Nesse torneio particular que o clube começa a disputar, a seqüência dos próximos quatro confrontos será decisiva para definir o rumo palmeirense.
Para começar, o duelo de hoje. Um rival jamais superado na Kyocera Arena, casa atleticana. Em cinco jogos, três derrotas e dois empates. Nenhum gol marcado. E um sentimento de "basta" entre o elenco.
"Tabu está aí para ser quebrado", disse o agora ex-volante Wendel, que no esquema do técnico Caio Júnior ganhou a vaga de titular na ala direita.
Na seqüência, o clássico contra seu maior rival, o Corinthians, que dispensa maiores esclarecimentos sobre qual importância terá o resultado no psicológico do grupo.
E para fechar a série, dois dos piores oponentes da competição. América-RN e Náutico servirão perfeitamente ao "novo" espírito palmeirense.
"Em torneios de pontos corridos, ou você começa bem e se mantém regular, ou engrena na reta final, que é como vejo a equipe hoje. Estamos muito confiantes", disse Caio Júnior.
Para o treinador, ficar entre os quatro melhores do Nacional e alcançar a Libertadores do ano que vem terá um sabor especial. Significará uma provável renovação de seu contrato.
Os atletas também já incorporaram a nova missão.
Durante a semana, ficou evidente que o título não faz mais parte dos planos de ninguém. E que o cuidado agora, como um dos membros do G-4, será redobrado. No início da rodada, o Palmeiras era o quarto.
"A gente tem oscilado muito. É difícil chegar entre os quatro primeiros. Pior é ficar lá em cima", disse o lateral Leandro.
A mesma seqüência de jogos que faz o clube sonhar mais alto também causa apreensão. Caio Júnior sabe que, se o time tropeçar agora, o que vier depois poderá afundá-lo. "Se conseguirmos média alta de pontos, poderá ser um passo decisivo para a Libertadores. Por outro lado, se não conseguirmos, teremos uma tabela mais difícil."
Isso porque, após enfrentar rivais tidos como mais "fáceis" -com exceção do Corinthians-, Grêmio, Santos, Paraná e Vasco cruzarão, nesta ordem, o caminho do time. "Sabemos que não podemos mais errar", admitiu o volante Francis.
Nem mesmo a ausência de seus dois principais jogadores faz o grupo baixar a guarda.
Edmundo teve detectada uma fratura na fíbula da perna direita e, caso consiga se recuperar a tempo, deverá jogar apenas nas últimas rodadas.
Valdivia, com uma lesão nas costas, segue em tratamento.
O que faz o conjunto crer que pode embalar de vez é justamente uma recente recordação, do primeiro turno, quando o Palmeiras somou nove dos 12 pontos disputados contra essa mesma série de adversários.

NA TV - Atlético-PR x Palmeiras
Globo e Band (para SP), ao vivo, a partir das 16h


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