Mostra Internacional de Arte e Cultura Surf, até domingo no MIS, une cinema, fotos, pinturas e trabalhos gráficos

"É ISSO QUE eu quero estar fazendo quando estiver com a idade dele." A frase é do veterano top surfer americano Rob Machado, 32, e se refere ao parceiro de viagem Skip Frye, 62. Captada na Costa Rica durante as gravações do ótimo ""Sprout", filme que integra o 2º Festival de Cinema Surf, a frase, com toda simplicidade, mostra o que os surfistas de alma sentem: quero surfar enquanto viver.
O aspecto mais prazeroso, menos compromissado com resultados, é muito bem explorado pelo filme dirigido por Thomas Campbell e dá para dizer que é a síntese da 3ª Mostra Internacional de Arte e Cultura Surf, que integra o Festival de Cinema e que vai até domingo no MIS.
Com a curadoria de Romeu Andreatta, a mostra reúne mais de 300 obras, entre fotos de Sean Davey, Aleko Stergiou, Carol Oliva, entre outros; pinturas de Kevin Short, Wolfgang Bloch, Claudia Simões; trabalhos gráficos de David Carlson, Fernando Mesquita; instalações; além de um acervo de livros e uma coleção de pranchas que representa a evolução do esporte no país.
A estréia do Festival de Música, que encerra a mostra com show dos californianos The White Buffalo e Matt Costa, é outra atração, mas o ponto alto do evento é o Festival de Cinema. Raridades como "Free Ride" e "Surfer's The Movie", de Bill Delaney, compõem com produções simples, como ""Second Thoughts", e elaboradas, como "Billabong Odyssey". Sete filmes disputam o prêmio de melhor filme, melhor fotografia, melhor trilha sonora e melhores ondas. Dois são brasileiros, "Quintal de Casa", de Rafael Mellin, e "Tow-in Surfing", de Jorge Guimarães e Rosaldo Cavalcanti; um tem um brasileiro como protagonista, "The Reality of Bob Burnquist". Os outros são estrangeiros e reúnem os consagrados diretores Stacy Peralta, com "Pipeline Masters", Jack McCoy, com "Free as Dog", e os novos TJ Barrack e Wes Brown, com "Chasing Dora", e o austríaco Michael Ginthör, com "Zen & Zero".

Corrida de aventura
Desenvolvendo bem também está a equipe espanhola Abarth, que liderava o Ecomotion Pro, corrida de aventura disputada no Rio e que conta pontos para o circuito mundial. A largada na noite do domingo, o roteiro pela serra da Bocaina e o frio dificultaram para as 60 equipes logo no início da prova. Ontem, o primeiro pelotão, envolvendo 11 times, terminava um trecho relativamente fácil de bike, e alguns já consideravam a edição mais bonita da prova, que havia passado pelas montanhas conhecidas como Prateleiras em Itatiaia e seguia para o Porto de Mangaratiba, de onde as equipes seguiriam de caiaque até Ilha Grande, em Angra. Nesse pelotão estão três brasileiras: a QuasarLontra (6º), a Oskalunga (9º) e a Atenah (11º). A previsão é que as primeiras equipes concluam a prova hoje ao meio-dia.

MANTENDO A SOBERANIA
Os brasileiros se destacaram no LG Action Sports, circuito de skate que distribui a maior premiação nos EUA. No street, Rodolfo Ramos venceu a etapa de Dallas, e Fabio Sleiman (6º) garantiu o título do circuito. No vertical, Sandro Dias ficou em segundo, e Bob Burnquist, em quarto.

MUNDIAL DE SURFE
Começa neste final de semana o período de espera da primeira etapa da Tríplice Coroa Havaiana com um WQS seis estrelas em Haleiwa, prova decisiva para os brasileiros.

UNIVERSITÁRIO DE SURFE
Depois de Rio e Bahia, Santa Catarina recebe neste final de semana etapa do circuito Tropical Brasil, quando os atletas da região Sul buscarão vagas para a final em Maresias, SP, em dezembro.