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Padre brasileiro fez o primeiro balão
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de haver indícios de que
os pré-colombianos Nazca, do
Peru, já teriam dominado as técnicas de ascensão por balões, o
padre brasileiro Bartolomeu Lourenço de Gusmão é o criador do
balão. Estudante da Universidade
de Coimbra (Portugal), o sacerdote, que nasceu em Santos, interrompeu seus estudos em 1709 para desenvolver sua passarola, como foi chamada a invenção.
Depois de convencer dom João
5º a investir em sua "máquina de
andar pelo ar", Gusmão não teve
sucesso em sua primeira experiência. O balão que ele fizera incendiou-se antes de sair do chão.
Na segunda tentativa, a estrutura atingiu quase 5 m de altura,
mas o balão foi apagado.
Teria sido, então, em um lugar
aberto que o "voador" realizou
sua terceira e última apresentação, que quase teve sucesso.
Um outro incêndio, porém, colocou em descrédito a invenção.
O padre-inventor continuou
com suas pesquisas, e, apesar de
existirem registros de que ele teria
sido perseguido até a morte pela
Inquisição, também existem indícios de que ele tenha morrido em
uma viagem de fuga para Paris.
Em 4 de junho de 1783, os irmãos Joseph e Etienne Montgolfier registraram um vôo de 2,4 km
de altitude em Annonay, França,
com um balão de ar quente.
Na sequência, os irmãos franceses lançaram em Versailles um
balão carregando uma ovelha, um
pato e um galo. Como os três animais voltaram ilesos ao solo, em
21 de novembro daquele ano
Jean-Francois de Rozier e François Laurent navegaram sobre Paris no primeiro Montgolfier tripulado, queimando lã e palha para
manter o balão flutuando no ar.
No mesmo ano, o físico inglês
J.A.C. Charles, inspirado nos irmãos Montgolfier, construiu um
balão que voou cerca de 25 km,
mas preenchido com hidrogênio.
Logo a invenção foi aplicada na
guerra -Napoleão usou balões
ancorados para criar postos de
observação- e na ciência, em estudos meteorológicos.
As primeiras competições de
balonismo apareceram em 1906,
quando o norte-americano James
Gordon Bennett ofereceu um troféu para vôos de longa distância,
prêmio que seguiu até 1939.
Mas o balonismo moderno surgiu apenas no início da década de
60, com o desenvolvimento de
novos materiais plásticos.
Hoje, o balão é feito com náilon
rip stop e um tecido chamado nomex, que reveste sua boca e, por
ser antichama, evita que o propulsor, alimentado com gás propano,
inicie um incêndio.
(VV)
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