São Paulo, quarta-feira, 17 de março de 2010

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Pará ganha holofotes por uma semana

Sem times na elite do Nacional e fora da Copa-14, Belém festeja jogos de Palmeiras e Santos contra Paysandu e Remo

Principais equipes da cidade encaram Copa do Brasil como treino de luxo para a decisão do Paraense, que será disputada no domingo

LUCAS REIS
ENVIADO ESPECIAL A BELÉM

Por uma semana, o torcedor paraense vai esquecer que seus times andam mal das pernas, que sua capital, Belém, perdeu a chance de ser uma das sedes da Copa de 2014 e que o Pará não frequenta a elite do Campeonato Brasileiro desde 2005.
O Palmeiras, que hoje pega o Paysandu, e o Santos, que amanhã joga com o Remo, em partidas pela Copa do Brasil, recolocam o Pará no mapa do futebol. Ao menos por uma semana.
Por coincidência, os paulistas, que se digladiaram no último domingo na Vila Belmiro, pelo Estadual, enfrentarão os dois maiores times do Pará, usarão o mesmo campo para treinos e jogarão no mesmo estádio, o Mangueirão.
Os duelos também revelam outras semelhanças. No mesmo dia em que o Palmeiras quebrava uma invencibilidade de 12 jogos do Santos, o Paysandu impunha a primeira derrota ao Remo em 28 partidas: 4 a 2.
No domingo que vem, Remo e Paysandu voltam a fazer o clássico Re-Pa, na decisão do primeiro turno do Estadual.
Assim, os torcedores encaram os duelos de hoje e amanhã como treinos de luxo, prévias da decisão de domingo. Um time de olho no outro: quem perder nesta semana entra enfraquecido no clássico, dizem.
Campeonato estadual à parte, as esperanças dos paraenses de se manterem em evidência no cenário nacional se concentram em Palmeiras e Santos.
Em 2005, o Paysandu disputou a Série A do Nacional. De lá para cá, colecionou derrotas, rebaixamentos e, desde 2007, disputa a Série C, sem sucesso.
Pouco para quem até hoje se orgulha de ter vencido o Boca Juniors, na Bombonera, pela Libertadores, em 2003.
A vaga havia sido conquistada um ano antes, na hoje extinta Copa dos Campeões, ao derrotar na final o Palmeiras.
Até hoje é o único clube da região Norte do país a ter participado da competição intercontinental. O sonho de voltar à Libertadores agora se resume à Copa do Brasil, onde não tem tido boas atuações. Em 2009, nem participou do torneio.
A situação do Remo é ainda mais melancólica: se não conquistar o título no domingo, não jogará nem a Série D, quarta divisão do futebol nacional. Campeão da Série C em 2005, iniciou uma derrocada que culminou com o ostracismo: no ano passado, não disputou nenhuma competição oficial durante o segundo semestre.
Na Copa do Brasil de 2009, o Remo fez apenas três partidas. Perdeu em casa do Flamengo por 2 a 0 e foi eliminado precocemente, na segunda fase.
A expectativa é que cada jogo atraia cerca de 30 mil torcedores, público bem superior à média do Estadual paraense, que não chega a 4.000 pessoas.
Nem mesmo as ausências de Marcos e Robinho devem desanimar os belenenses. No aeroporto, centenas se aglomeraram para ver o desembarque dos visitantes. Cerca de 200 pessoas viram o treino do Palmeiras ontem. Outros tantos devem ver o Santos hoje.



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