|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.
Pará ganha holofotes por uma semana
Sem times na elite do Nacional e fora da Copa-14, Belém festeja jogos de Palmeiras e Santos contra Paysandu e Remo
Principais equipes da cidade encaram Copa do Brasil como treino de luxo para
a decisão do Paraense, que será disputada no domingo
LUCAS REIS
ENVIADO ESPECIAL A BELÉM
Por uma semana, o torcedor
paraense vai esquecer que seus
times andam mal das pernas,
que sua capital, Belém, perdeu
a chance de ser uma das sedes
da Copa de 2014 e que o Pará
não frequenta a elite do Campeonato Brasileiro desde 2005.
O Palmeiras, que hoje pega o
Paysandu, e o Santos, que amanhã joga com o Remo, em partidas pela Copa do Brasil, recolocam o Pará no mapa do futebol.
Ao menos por uma semana.
Por coincidência, os paulistas, que se digladiaram no último domingo na Vila Belmiro,
pelo Estadual, enfrentarão os
dois maiores times do Pará,
usarão o mesmo campo para
treinos e jogarão no mesmo estádio, o Mangueirão.
Os duelos também revelam
outras semelhanças. No mesmo dia em que o Palmeiras quebrava uma invencibilidade de
12 jogos do Santos, o Paysandu
impunha a primeira derrota ao
Remo em 28 partidas: 4 a 2.
No domingo que vem, Remo
e Paysandu voltam a fazer o
clássico Re-Pa, na decisão do
primeiro turno do Estadual.
Assim, os torcedores encaram os duelos de hoje e amanhã
como treinos de luxo, prévias
da decisão de domingo. Um time de olho no outro: quem perder nesta semana entra enfraquecido no clássico, dizem.
Campeonato estadual à parte, as esperanças dos paraenses
de se manterem em evidência
no cenário nacional se concentram em Palmeiras e Santos.
Em 2005, o Paysandu disputou a Série A do Nacional. De lá
para cá, colecionou derrotas,
rebaixamentos e, desde 2007,
disputa a Série C, sem sucesso.
Pouco para quem até hoje se
orgulha de ter vencido o Boca
Juniors, na Bombonera, pela
Libertadores, em 2003.
A vaga havia sido conquistada um ano antes, na hoje extinta Copa dos Campeões, ao derrotar na final o Palmeiras.
Até hoje é o único clube da
região Norte do país a ter participado da competição intercontinental. O sonho de voltar
à Libertadores agora se resume
à Copa do Brasil, onde não tem
tido boas atuações. Em 2009,
nem participou do torneio.
A situação do Remo é ainda
mais melancólica: se não conquistar o título no domingo,
não jogará nem a Série D, quarta divisão do futebol nacional.
Campeão da Série C em 2005,
iniciou uma derrocada que culminou com o ostracismo: no
ano passado, não disputou nenhuma competição oficial durante o segundo semestre.
Na Copa do Brasil de 2009, o
Remo fez apenas três partidas.
Perdeu em casa do Flamengo
por 2 a 0 e foi eliminado precocemente, na segunda fase.
A expectativa é que cada jogo
atraia cerca de 30 mil torcedores, público bem superior à média do Estadual paraense, que
não chega a 4.000 pessoas.
Nem mesmo as ausências de
Marcos e Robinho devem desanimar os belenenses. No aeroporto, centenas se aglomeraram para ver o desembarque
dos visitantes. Cerca de 200
pessoas viram o treino do Palmeiras ontem. Outros tantos
devem ver o Santos hoje.
Texto Anterior: Tênis - Régis Andaku: Enquanto isso... Próximo Texto: Pelo Santos, Ganso fará estreia em sua terra Índice
|