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FUTEBOL
Atletas, que receberam só uma camisa de concentração para ficar 6 dias em SC, reclamam; Topper já entregou lote
Até roupa vira problema no São Paulo
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Não bastassem as turbulências
pelas quais tem passado, o São
Paulo, que hoje enfrenta o Fortaleza, arrumou um novo problema. Os jogadores reclamam da
falta de material esportivo.
Por contrato, a Topper destina
aos atletas menos material do que
a Penalty contratualmente liberava. Anualmente, a ex-fornecedora
entregava ao clube 8.000 camisas
oficiais. Agora são 6.500.
Também são menores as quantidades de materiais de concentração/passeio para os jogadores
são-paulinos. Problema que ficou
evidente na recente viagem do
elenco para Santa Catarina.
Para ficar seis dias em Florianópolis/Criciúma, cada atleta recebeu do clube uma apenas camisa
de concentração. Até agora, dois
meses depois do início da parceria, os jogadores dizem ter recebido três dessas camisas -sendo
duas do modelo antigo, pólo.
"Viajei com três camisas porque
guardei as duas primeiras que eles
haviam dado, as do outro modelo. Mas fui um dos poucos", afirmou o goleiro Roger.
A Topper, entretanto, já entregou 190 camisas de concentração
para o clube do Morumbi. Para a
diretoria são-paulina, o problema
da distribuição do produto antes
da viagem foi "excepcional".
Segundo a fabricante, por ano, o
futebol profissional do São Paulo
tem direito a 350 camisas de concentração, que são entregues durante a temporada mediante pedido do departamento de marketing são-paulino.
"Quem faz o pedido do material
é o São Paulo. A gente entrega para o almoxarifado central, que é
controlado pelo marketing deles,
que faz a distribuição no clube",
afirmou Fábio Ribeiro, relações
esportivas da fabricante.
O São Paulo confirmou a versão
da sua parceira. Segundo o clube,
a dificuldade que os atletas tiveram em SC foi decorrente da
"coincidência de situações raras".
"Recebemos o novo material no
dia que eles iam viajar [primeiro
problema]. E, como nunca acontece, eles ficaram seis dias fora
[segundo problema]. Mas temos,
pelo menos, em estoque, quatro
camisas de concentração para cada jogador", disse Bruno Aventurato, do marketing são-paulino.
A política do clube é não distribuir camisas sem critério para
não acontecer o mesmo que em
2002, quando foi instalada uma
comissão de conselheiros para investigar o "sumiço" de 9.000 uniformes -isso porque o clube,
que havia estimado a sua necessidade anual em 9.000 camisas, já
havia solicitado 18 mil a Penalty
antes da fase final do Brasileiro.
No próximo dia 23, o conselho
deliberativo deve apresentar o relatório da referida investigação.
Edison Zago, presidente do
conselho fiscal do São Paulo, disse
que vai pedir esclarecimentos sobre o novo problema com os materiais esportivos do clube.
"Não dá para destinar aos jogadores quantas camisas eles pedirem porque eles podem começar
a distribuir para irmão, namorada. Mas vou me informar sobre
essa reclamação dos atletas porque isso [falta de camisas] também não pode acontecer", disse o conselheiro são-paulino.
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