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SONINHA
O bom da globalização + o diferencial de raiz
Países nórdicos e africanos fizeram alguns dos
melhores encontros dessa Copa até agora. Dinamarca
x Senegal, Suécia x Nigéria e
Suécia x Senegal foram bons jogos, que contrariam um pouco
a idéia da uniformização global
da maneira de jogar.
A diferença que ainda existe
ficou bem visível ontem. A qualidade mais marcante da Suécia
é a organização, a aplicação tática, o bom posicionamento -o
que não quer dizer que os suecos não tenham talento e brilho
individual, como alguns dribles
de Svensson e Larsson na prorrogação puderam demonstrar.
Sobre o Senegal, pode-se dizer
o contrário: é evidente que seus
jogadores têm mais ginga e disposição para partir para cima e
driblar dois ou três marcadores,
decidindo uma disputa no confronto individual. Mas a seleção
senegalesa tem também um jogo coletivo muito forte. Aquele
gol de contra-ataque diante da
Dinamarca foi só um exemplo.
A Suécia marcou muito a saída de bola no começo do jogo.
Depois optou por manter oito
homens fixos na marcação,
bem atrás, e dois atacantes isolados lá na frente. Por isso, é
bom que Senegal tenha se classificado, para premiar o jogo
ofensivo. O bloqueio europeu
foi vencido pelo talento africano. (Mesmo assim, é pena que a
Suécia tenha saído e a Turquia,
por exemplo, possa continuar).
Mas Senegal também marca
forte, até cobrança de lateral!
Será que a trajetória da Copa
de 98 para a de 2002 será algo
semelhante a Paris-Dacar?
soninha.folha@uol.com.br
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