São Paulo, segunda-feira, 17 de junho de 2002

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SONINHA

O bom da globalização + o diferencial de raiz

Países nórdicos e africanos fizeram alguns dos melhores encontros dessa Copa até agora. Dinamarca x Senegal, Suécia x Nigéria e Suécia x Senegal foram bons jogos, que contrariam um pouco a idéia da uniformização global da maneira de jogar.
A diferença que ainda existe ficou bem visível ontem. A qualidade mais marcante da Suécia é a organização, a aplicação tática, o bom posicionamento -o que não quer dizer que os suecos não tenham talento e brilho individual, como alguns dribles de Svensson e Larsson na prorrogação puderam demonstrar.
Sobre o Senegal, pode-se dizer o contrário: é evidente que seus jogadores têm mais ginga e disposição para partir para cima e driblar dois ou três marcadores, decidindo uma disputa no confronto individual. Mas a seleção senegalesa tem também um jogo coletivo muito forte. Aquele gol de contra-ataque diante da Dinamarca foi só um exemplo.
A Suécia marcou muito a saída de bola no começo do jogo. Depois optou por manter oito homens fixos na marcação, bem atrás, e dois atacantes isolados lá na frente. Por isso, é bom que Senegal tenha se classificado, para premiar o jogo ofensivo. O bloqueio europeu foi vencido pelo talento africano. (Mesmo assim, é pena que a Suécia tenha saído e a Turquia, por exemplo, possa continuar). Mas Senegal também marca forte, até cobrança de lateral!
Será que a trajetória da Copa de 98 para a de 2002 será algo semelhante a Paris-Dacar?

soninha.folha@uol.com.br



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