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Hamilton surpreende a F-1 de novo
Nos EUA, líder do Mundial obtém pole pela segunda corrida seguida em um circuito em que correu pela primeira vez
Inglês ofusca Alonso, que
larga em segundo, e Massa,
terceiro, que demonstrou
insatisfação, mas disse que
resultado não é um desastre
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A INDIANÁPOLIS
A F-1 estava tão surpresa
quanto Lewis Hamilton ao final do treino de classificação
para o GP dos EUA.
Pela segunda corrida seguida, larga na pole. Pela segunda
corrida seguida, em sua estréia
em um circuito. Pela segunda
vez seguida, sobrou diante de
Fernando Alonso, Felipe Massa e Kimi Raikkonen, apontados como favoritos ao título antes do início do campeonato.
"Sinceramente eu não esperava conquistar essa pole. Estou bastante surpreso", disse o
novato da McLaren, que há
uma semana conquistou sua
primeira vitória na categoria.
Líder do Mundial, o inglês
tenta na corrida de hoje, que
tem largada às 14h, ampliar sua
folga. "Posso dizer que esta pole
fez eu me sentir melhor que na
semana passada. Depois que
me avisaram que eu largaria em
primeiro não me contive e
completei a volta gritando."
Tamanha alegria tinha razão
de ser. Depois de passar a semana às turras com Alonso,
que disse estar desconfortável
por estar em uma equipe inglesa e ter um companheiro de
equipe inglês, Hamilton precisava mostrar que podia manter
um bom desempenho também
sob pressão. E foi isso o que fez.
Tão avassalador quanto seus
resultados até aqui foi sua exibição ontem em Indianápolis.
Não só fez a pole em sua penúltima volta como baixou ainda
mais o tempo na última tentativa. "A verdade é que experiência aqui é tudo, quanto mais
vou pra pista, mais rápido sou",
falou Hamilton, que não só não
conhecia o circuito como também não havia feito testes no
simulador da McLaren.
Pior para Alonso, que larga
em segundo hoje, e Massa, que
sai em terceiro. "Claro que eu
gostaria de estar largando mais
para a frente, mas a segunda fila
não é um desastre", disse o brasileiro, que voltou a mostrar insatisfação após o treino.
O único motivo de comemoração do ferrarista foi o fato de
sua diferença para as McLaren
não ter sido tão grande quanto
em Mônaco e Montréal, ambas
vencidas por pilotos do time inglês. "Com certeza estamos
bem mais próximos deles, mas
ainda não é o suficiente", falou.
"A gente precisa voltar a ficar
na frente deles e não chegar
perto", completou Massa, que
desde o GP da Espanha, quarta
etapa da temporada, não larga
na primeira fila.
Terceiro colocado na classificação, 15 pontos atrás de Hamilton, Massa havia dito que
Indianápolis seria o local ideal
para descobrir se a Ferrari havia ficado para trás da McLaren
ou se era apenas um mau desempenho circunstancial. E sabe que precisa marcar pontos
hoje para não deixar a dupla da
McLaren escapar na tabela.
Outro insatisfeito era Alonso. Dono dos melhores tempos
em todos os treinos nos EUA e
inclusive nas duas primeiras
partes do treino, o bicampeão
acabou ofuscado novamente
pelo companheiro. "Fiz o máximo na última parte do treino,
mas não foi suficiente."
"Mas ter feito os melhores
tempos durante o fim de semana me deixa motivado para a
corrida", completou Alonso. E
se o dia terminou bem para a
McLaren, que colocou seus pilotos na primeira fila pela terceira corrida seguida, ele começou tenso para Hamilton.
O motivo: testes feitos ontem
mostraram que seu motor poderia ter problemas. Como o
propulsor seria novo de qualquer maneira, pois o Canadá foi
o segundo GP do anterior, a
McLaren pôs um outro. "Quase
não dormi esta noite", disse
Hamilton. Imagine se tivesse.
NA TV - GP dos EUA
Globo, ao vivo, às 14h
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