São Paulo, domingo, 17 de junho de 2007

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Hamilton surpreende a F-1 de novo

Nos EUA, líder do Mundial obtém pole pela segunda corrida seguida em um circuito em que correu pela primeira vez

Inglês ofusca Alonso, que larga em segundo, e Massa, terceiro, que demonstrou insatisfação, mas disse que resultado não é um desastre

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A INDIANÁPOLIS

A F-1 estava tão surpresa quanto Lewis Hamilton ao final do treino de classificação para o GP dos EUA.
Pela segunda corrida seguida, larga na pole. Pela segunda corrida seguida, em sua estréia em um circuito. Pela segunda vez seguida, sobrou diante de Fernando Alonso, Felipe Massa e Kimi Raikkonen, apontados como favoritos ao título antes do início do campeonato.
"Sinceramente eu não esperava conquistar essa pole. Estou bastante surpreso", disse o novato da McLaren, que há uma semana conquistou sua primeira vitória na categoria.
Líder do Mundial, o inglês tenta na corrida de hoje, que tem largada às 14h, ampliar sua folga. "Posso dizer que esta pole fez eu me sentir melhor que na semana passada. Depois que me avisaram que eu largaria em primeiro não me contive e completei a volta gritando."
Tamanha alegria tinha razão de ser. Depois de passar a semana às turras com Alonso, que disse estar desconfortável por estar em uma equipe inglesa e ter um companheiro de equipe inglês, Hamilton precisava mostrar que podia manter um bom desempenho também sob pressão. E foi isso o que fez.
Tão avassalador quanto seus resultados até aqui foi sua exibição ontem em Indianápolis. Não só fez a pole em sua penúltima volta como baixou ainda mais o tempo na última tentativa. "A verdade é que experiência aqui é tudo, quanto mais vou pra pista, mais rápido sou", falou Hamilton, que não só não conhecia o circuito como também não havia feito testes no simulador da McLaren.
Pior para Alonso, que larga em segundo hoje, e Massa, que sai em terceiro. "Claro que eu gostaria de estar largando mais para a frente, mas a segunda fila não é um desastre", disse o brasileiro, que voltou a mostrar insatisfação após o treino.
O único motivo de comemoração do ferrarista foi o fato de sua diferença para as McLaren não ter sido tão grande quanto em Mônaco e Montréal, ambas vencidas por pilotos do time inglês. "Com certeza estamos bem mais próximos deles, mas ainda não é o suficiente", falou.
"A gente precisa voltar a ficar na frente deles e não chegar perto", completou Massa, que desde o GP da Espanha, quarta etapa da temporada, não larga na primeira fila.
Terceiro colocado na classificação, 15 pontos atrás de Hamilton, Massa havia dito que Indianápolis seria o local ideal para descobrir se a Ferrari havia ficado para trás da McLaren ou se era apenas um mau desempenho circunstancial. E sabe que precisa marcar pontos hoje para não deixar a dupla da McLaren escapar na tabela.
Outro insatisfeito era Alonso. Dono dos melhores tempos em todos os treinos nos EUA e inclusive nas duas primeiras partes do treino, o bicampeão acabou ofuscado novamente pelo companheiro. "Fiz o máximo na última parte do treino, mas não foi suficiente."
"Mas ter feito os melhores tempos durante o fim de semana me deixa motivado para a corrida", completou Alonso. E se o dia terminou bem para a McLaren, que colocou seus pilotos na primeira fila pela terceira corrida seguida, ele começou tenso para Hamilton.
O motivo: testes feitos ontem mostraram que seu motor poderia ter problemas. Como o propulsor seria novo de qualquer maneira, pois o Canadá foi o segundo GP do anterior, a McLaren pôs um outro. "Quase não dormi esta noite", disse Hamilton. Imagine se tivesse.


NA TV - GP dos EUA
Globo, ao vivo, às 14h



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