DA REPORTAGEM LOCAL

Nunca houve uma seleção campeã mundial com partidas tão fracas em emoções como a brasileira de 1994.
Nas sete partidas da campanha do tetracampeonato nos EUA, foram marcados 14 gols (11 a favor e três contra).
A média exata de dois tentos por partida é 40% menor do que a artilharia registrada nas trajetórias somadas dos vencedores das outras 16 Copas.
Em 1970, por exemplo, os jogos da seleção brasileira, então comandada por Zagallo, tiveram média de 4,3 gols.
O time de 1994 jogou seguindo à risca a cartilha do técnico Carlos Alberto Parreira.
O roteiro era trocar passes e prender a bola até cansar o adversário e não correr riscos.
Segundo o Datafolha, a seleção tetracampeã trocava, em média, 567 passes por jogo, ou quase 30% a mais do que a equipe do pentacampeonato.
Na média, o time de 1994, que cometia só 13 faltas por partida, ficava cinco minutos a mais com a bola do que o de 2002, dirigido por Luiz Felipe Scolari.
Tal fórmula fez com que aquele time de Parreira tivesse a defesa mais eficiente e o pior ataque entre as equipes do Brasil campeãs mundiais. Os tetras protagonizaram ainda a única final de Copa sem gols e decidida nos pênaltis. (EAR E PC)


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