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Já com meta, COB define estratégia
OLIMPÍADA
Objetivo é que o país termine os Jogos do Rio-16 no top 10
DO ENVIADO AO RIO
O COB (Comitê Olímpico
Brasileiro) já traçou sua meta
de medalhas para ficar entre
os dez primeiros da Olimpíada do Rio-2016 -pelo número total de premiações. O planejamento inclui previsão de
pódios em cada esporte.
Mas, como ainda faltam
seis anos para a competição,
o planejamento é cercado de
ressalvas. O comitê não divulga os números de projetos, que serão trabalhados
com o Ministério do Esporte.
E o plano atual está sujeito
a revisões periódicas por
conta de alterações no cenário de cada modalidade.
Mas é baseado neste planejamento do comitê que será decidido em que modalidades o investimento será incrementado. O COB entende
que não tem como colocar dinheiro em todos os esportes,
por isso escolherá os com
mais chances de sucesso.
"Já tenho a meta, feita em
conjunto com cada modalidade. Que digo que agora é
chute. Diego [Hypólito] está
indo fazer uma consulta. Vai
dar em 2012? Temos que saber quando voltar da consulta [foi operado na Suíça e volta a atuar em janeiro]", disse
o superintendente do COB,
Marcus Vinícius Freire.
Se os números finais não
são conhecidos, o COB expõe
os passos para chegar a eles.
O primeiro objetivo é aumentar o número de medalhas nos esportes que já arrematam pódios para o Brasil.
Na visão do COB, são eles:
vôlei, basquete, futebol, atletismo, natação, judô e vela.
Hipismo também está neste
grupo de elite, mas deu lugar
ao taekwondo em Pequim.
"Para nós chegarmos aos
dez primeiros, eles não podem continuar dando 15",
contou Freire. "A vaca leiteira tem que dar mais leite."
Segundo passo, o país tem
que estabelecer um esporte
como carro-chefe. Assim, repete estratégia de países que
estão entre os dez primeiros
do ranking de premiações. A
Itália tem a esgrima, a Coreia
do Sul, o tiro com arco, e a
Austrália, a natação.
Em Pequim, o judô, com
três medalhas, foi o mais vitorioso na delegação. Para o
COB, é um número pequeno
para o principal esporte. Tem
que se aproximar de sete pódios na visão do comitê.
Terceiro passo, aumentar
o número de modalidades
em que o Brasil arremate pódios. Se hoje são oito ou nove, tem que se alcançar pelo
menos 13 para os Jogos-2016.
Para fazer a lista, o COB escolhe esportes que estiveram
próximos de medalha, como
é o caso da ginástica. Ainda
pode optar por quem tem potencial, caso do boxe. Ou
apenas tentar desenvolver
quem oferece mais pódios.
"O mais fácil é quem está
mais próximo. Ginástica, que
bateu na trave. Boxe que tem
um campeão do mundo. E as
que dão muitas medalhas.
Volta para a matemática",
disse Freire. É com as continhas que o COB tenta atender
ao desejo do presidente Lula
de ver o Brasil como potência
olímpica.
(RODRIGO MATTOS)
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