São Paulo, domingo, 17 de outubro de 2010

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Já com meta, COB define estratégia

OLIMPÍADA
Objetivo é que o país termine os Jogos do Rio-16 no top 10


DO ENVIADO AO RIO

O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) já traçou sua meta de medalhas para ficar entre os dez primeiros da Olimpíada do Rio-2016 -pelo número total de premiações. O planejamento inclui previsão de pódios em cada esporte.
Mas, como ainda faltam seis anos para a competição, o planejamento é cercado de ressalvas. O comitê não divulga os números de projetos, que serão trabalhados com o Ministério do Esporte.
E o plano atual está sujeito a revisões periódicas por conta de alterações no cenário de cada modalidade.
Mas é baseado neste planejamento do comitê que será decidido em que modalidades o investimento será incrementado. O COB entende que não tem como colocar dinheiro em todos os esportes, por isso escolherá os com mais chances de sucesso.
"Já tenho a meta, feita em conjunto com cada modalidade. Que digo que agora é chute. Diego [Hypólito] está indo fazer uma consulta. Vai dar em 2012? Temos que saber quando voltar da consulta [foi operado na Suíça e volta a atuar em janeiro]", disse o superintendente do COB, Marcus Vinícius Freire.
Se os números finais não são conhecidos, o COB expõe os passos para chegar a eles.
O primeiro objetivo é aumentar o número de medalhas nos esportes que já arrematam pódios para o Brasil. Na visão do COB, são eles: vôlei, basquete, futebol, atletismo, natação, judô e vela. Hipismo também está neste grupo de elite, mas deu lugar ao taekwondo em Pequim.
"Para nós chegarmos aos dez primeiros, eles não podem continuar dando 15", contou Freire. "A vaca leiteira tem que dar mais leite."
Segundo passo, o país tem que estabelecer um esporte como carro-chefe. Assim, repete estratégia de países que estão entre os dez primeiros do ranking de premiações. A Itália tem a esgrima, a Coreia do Sul, o tiro com arco, e a Austrália, a natação.
Em Pequim, o judô, com três medalhas, foi o mais vitorioso na delegação. Para o COB, é um número pequeno para o principal esporte. Tem que se aproximar de sete pódios na visão do comitê.
Terceiro passo, aumentar o número de modalidades em que o Brasil arremate pódios. Se hoje são oito ou nove, tem que se alcançar pelo menos 13 para os Jogos-2016.
Para fazer a lista, o COB escolhe esportes que estiveram próximos de medalha, como é o caso da ginástica. Ainda pode optar por quem tem potencial, caso do boxe. Ou apenas tentar desenvolver quem oferece mais pódios.
"O mais fácil é quem está mais próximo. Ginástica, que bateu na trave. Boxe que tem um campeão do mundo. E as que dão muitas medalhas. Volta para a matemática", disse Freire. É com as continhas que o COB tenta atender ao desejo do presidente Lula de ver o Brasil como potência olímpica. (RODRIGO MATTOS)


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