São Paulo, domingo, 17 de novembro de 2002

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CONTRA-ATAQUE

Mira certeira

Quando treinava a Ponte Preta em 1995, o técnico Pepe tinha um hábito que chamava a atenção dos jogadores.
Assim que chegava ao gramado do Moisés Lucarelli para iniciar seus treinos, ele chutava uma das bolas que, no meio-campo, aguardavam os atletas.
Invariavelmente, a bola ia mansa estacionar junto a uma das bandeiras de escanteio.
A precisão do velho mestre, ponta lendário do Santos nos 50 e 60, fez com os jogadores passassem a imitá-lo, porém sem conseguir o mesmo resultado.
Colocar a bola para descansar ao lado da bandeira tornou-se uma verdadeira obsessão.
Certo dia, no entanto, meio que por acaso, um dos atletas conseguiu. O grupo, exaltado, chamou Pepe para mostrar a ele a façanha do colega.
O técnico elogiou a habilidade do rapaz, mas não se fez de rogado. Pegou uma das bolas, posicionou-se, e chutou.
A bola foi bater na que já descansava na bandeirinha, empurrou-a e assumiu seu posto.
Os risos, então, se transformaram em aplausos.



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