São Paulo, domingo, 18 de janeiro de 2004

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ATLETISMO

Política secou fonte de onde surgiu Adhemar

DA REPORTAGEM LOCAL

Um punhado deles vive na capital. A maioria escolhe a pista do Ibirapuera como palco de treinos. Mas, na hora de competir, é o brasão de cidades do interior ou da Grande São Paulo que os atletas de elite ostentam nos uniformes.
A politização dos Jogos Abertos do Interior, principal evento poliesportivo do país, é apontada pelos técnicos como a responsável pela saída dos esportistas.
"As prefeituras passaram a travar batalhas nos bastidores. Como o atletismo dá muitas medalhas, foi inevitável ver os atletas competirem fora para ganhar mais", contou Nélio Moura, técnico em São Paulo do time da BM&F, que defende São Caetano.
Nem sempre foi assim. Em um porão da rua Casa Verde, na zona norte, a cidade viu nascer Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico (Helsinque-52 e Melbourne-56) e sete vezes o recordista mundial do salto triplo.
Ele iniciou sua carreira no São Paulo, que, nas décadas de 30 e 40, tinha um dos melhores times de atletismo do país -Espéria e Tietê também criaram fortes elencos.
A última grande equipe da capital foi a do Pinheiros na década de 70. O astro era João do Pulo, triplista ex-recordista mundial.


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