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ATLETISMO
Política secou fonte de
onde surgiu Adhemar
DA REPORTAGEM LOCAL
Um punhado deles vive na capital. A maioria escolhe a pista do
Ibirapuera como palco de treinos.
Mas, na hora de competir, é o brasão de cidades do interior ou da
Grande São Paulo que os atletas
de elite ostentam nos uniformes.
A politização dos Jogos Abertos
do Interior, principal evento poliesportivo do país, é apontada
pelos técnicos como a responsável pela saída dos esportistas.
"As prefeituras passaram a travar batalhas nos bastidores. Como o atletismo dá muitas medalhas, foi inevitável ver os atletas
competirem fora para ganhar
mais", contou Nélio Moura, técnico em São Paulo do time da
BM&F, que defende São Caetano.
Nem sempre foi assim. Em um
porão da rua Casa Verde, na zona
norte, a cidade viu nascer Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão
olímpico (Helsinque-52 e Melbourne-56) e sete vezes o recordista mundial do salto triplo.
Ele iniciou sua carreira no São
Paulo, que, nas décadas de 30 e 40,
tinha um dos melhores times de
atletismo do país -Espéria e Tietê também criaram fortes elencos.
A última grande equipe da capital foi a do Pinheiros na década de
70. O astro era João do Pulo, triplista ex-recordista mundial.
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