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BASQUETE
Sucesso e títulos não
evitaram a derrocada
DA REPORTAGEM LOCAL
"O Mundial de 54 era para ter
sido no Ibirapuera. Mas o ginásio
estava sendo construído, e a cúpula caiu. Não dava tempo de arrumar. O torneio foi para o Rio."
A história contada por um bicampeão mundial pela seleção é
símbolo da importância já ostentada pelo basquete paulistano.
Wlamir Marques, 66, ficou dez
anos no Corinthians, em um dos
melhores times que o país já teve.
Nos anos 60, disputava um torneio só com times da capital, que
dividiam entre si os Estaduais.
A tradição foi mantida na década seguinte. Seu maior expoente,
o Sírio, projetou o mais badalado
jogador brasileiro: Oscar. Em
1979, o clube organizou e venceu
um Mundial interclubes.
O sucesso do Sírio nos anos 70
contrastou com o início da decadência. A dificuldade financeira
dos clubes e a falta de interesse
das diretorias obrigou os atletas
de ponta a deixarem a cidade.
Hoje, São Paulo tem só três times nos Nacionais. No feminino,
o São Paulo joga em parceria com
Guarulhos. No masculino, o Paulistano ressurgiu graças a ajuda de
uma faculdade, e o Corinthians
está em Mogi das Cruzes.
Com a cúpula inteira, o Ibirapuera não recebe mais o basquete.
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