São Paulo, segunda-feira, 18 de abril de 2005

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Zagueiro rompe silêncio e chama algoz de "senhor"

DA REPORTAGEM LOCAL

Em sua primeira entrevista desde que saiu da prisão, o argentino Desábato se referiu como "senhor Grafite" ao atacante são-paulino que o acusa de injúria grave pelo uso de expressões racistas.
Ontem à noite, o "Fantástico", da TV Globo, mostrou as primeiras declarações do zagueiro à imprensa -ele nem sequer falou com meios de comunicação de seu país.
"Quando vi o delegado, achei que era alguém do controle antidoping", afirmou Desábato ao narrar o momento de sua detenção no Morumbi.
Como a Folha antecipou na sexta, o argentino afirmou de novo que se sentiu "como um delinqüente" nas mais de 36 horas que ficou preso no Brasil.
Ele também disse que foi maltratado pela polícia, citando o fato de ter permanecido sob custódia "sozinho numa cela de 1,5 m por 3 m ou 4 m de largura, sem nem sequer um lugar para sentar".
Na casa do presidente do Quilmes, onde falou com a TV, Desábato reclamou de ter sido revistado por sete ou oito policiais, que o deixaram algemado enquanto esteve fora da cela.
Após a entrevista, anteontem, o atleta foi de encontro à família, no interior do país, sem previsão de volta a Quilmes.

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