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São Paulo, domingo, 18 de maio de 2003

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Deserções não alteram planos da Cubadeportes

DA REPORTAGEM LOCAL

Eles eram integrantes de uma seleção fortíssima, apontada como favorita ao título mundial. Viajaram para disputar um torneio na Bélgica e um dia resolveram deixar a concentração. Não voltaram nunca mais.
Ihosvany Hernandez, Angel Dennis, Ramon Gato e Leonel Marshall, Yasser Romero e Jorge Hernandez, jogadores de vôlei cubanos que protagonizaram a cena em 2001, pediram asilo na Itália. Diziam não ter divergências políticas com Fidel, mas queriam atuar na Liga Italiana, considerada a mais forte do planeta.
O fato causou polêmica, mas não chegou a ser novidade para Cuba. Desde a década de 60, por divergências políticas ou não, dezenas de esportistas da ilha abandonaram suas delegações em viagens internacionais.
Só no último Pan-Americano, em Winnipeg-1999, oito cubanos desistiram de defender a pátria. Apesar dos inúmeros casos notificados, Sergio Rios Cruz diz que o problema não altera os planos da empresa.
"Os casos são poucos e isolados, não interrompemos nosso trabalho por causa disso. São coisas muito pequenas perto da grandeza do esporte cubano", disse.
Dentre os atletas que desertaram, poucos conseguiram sucesso fora de Cuba. Um dos mais bem-sucedidos é o pugilista Joel Casamayor, que desertou antes da Olimpíada de 1996.
"Abandonei meu país porque queria dar uma condição melhor de vida para minha família. Com dinheiro, tudo é possível", disse à Folha, dos EUA, o ex-campeão da AMB. (GR)


Colaboraram Eduardo Ohata e Mariana Lajolo, da Reportagem Local


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