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Com Borges, ataque do São Paulo desencanta
Primeiro avante a marcar pelo time no Nacional define vitória sobre o Vasco
São Paulo 2
Vasco 0
JULYANA TRAVAGLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
O discurso, antes da partida,
era o de quem pensava na reabilitação. "Um time com tradição como o Vasco não pode vir
para cá pensando em empatar.
Viemos para ganhar", dizia o
técnico Celso Roth, que, na última quinta, viu sua equipe ser
goleada pelo Botafogo por 4 a 0.
Mas sem Romário, poupado
para o clássico contra o Flamengo, quem conseguiu se reabilitar foi o São Paulo. No Morumbi, venceu os cariocas, por
2 a 0, e chegou a 10 pontos no
Brasileiro. O Vasco soma 11.
O São Paulo ainda prolonga
um jejum vascaíno que completará 18 anos. A última vitória
dos time do RJ no Morumbi,
em Brasileiros, foi em 1989.
Embora tenha vencido, Muricy Ramalho ainda continua
tendo seu pior ano na era dos
pontos corridos após seis jogos.
Com a vitória de ontem, o técnico atingiu 55,6% de aproveitamento, ainda aquém de sua
marca mais baixa -61,1% com
o São Caetano, em 2004.
Escalar o São Paulo de ontem
não foi tarefa fácil para Muricy.
Sem Josué e Alex Silva, na seleção, e Reasco, com o Equador, o
treinador também não teve
Leandro e Dagoberto, suspensos, e Fredson, lesionado.
O jovem Breno ganhou uma
chance na zaga, e Souza, que
treinou na lateral direita durante a semana, ficou no banco.
"A gente tem de simplificar.
Achei melhor colocar o Ilsinho
na ala porque o time precisa fazer gols", explicou Muricy.
A idéia de optar pelo mais óbvio funcionou logo no início da
partida. Na primeira tentativa
de ataque, Ilsinho passou fácil
por Guilherme e cruzou. Aloísio fez o corta-luz e deixou para
Borges abrir o placar. Foi o primeiro gol feito por um atacante
tricolor neste Nacional.
O gol, logo aos 2min, demonstrou a fragilidade vascaína. O jogo se concentrou, na
maior parte do tempo, no ataque dos paulistas. As chances
vascaínas partiam dos pés de
Abedi. Mas sempre longe de assustarem o goleiro Rogério.
Enquanto isso, o São Paulo
seguia insistindo no ataque e,
às vezes, contando com uma
ajudinha extra dos cariocas.
Guilherme tocou a bola de
cabeça, e Amaral se atrapalhou
todo e teve a bola roubada por
Borges. O atacante superou a
saída de Sílvio Luiz e marcou
seu segundo gol no jogo.
Para complicar ainda mais a
situação do time de Celso Roth,
o atrapalhado Amaral foi expulso aos 36min, após jogada
faltosa em Borges.
Mesmo com dez, o Vasco
passou a se apresentar mais ao
ataque na segunda etapa. Pecava, contudo, nas conclusões.
Pelo lado paulista, a melhor
oportunidade surgiu dos pés de
Souza, que substituiu Borges,
contundido. O meia recebeu
passe de Ilsinho, girou e bateu
para bela defesa de Sílvio Luiz.
No fim do jogo, Dudar teve
chance de marcar para o Vasco,
de falta. Rogério defendeu.
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