São Paulo, segunda-feira, 18 de junho de 2007

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Com Borges, ataque do São Paulo desencanta

Primeiro avante a marcar pelo time no Nacional define vitória sobre o Vasco

São Paulo 2
Vasco 0

JULYANA TRAVAGLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

O discurso, antes da partida, era o de quem pensava na reabilitação. "Um time com tradição como o Vasco não pode vir para cá pensando em empatar. Viemos para ganhar", dizia o técnico Celso Roth, que, na última quinta, viu sua equipe ser goleada pelo Botafogo por 4 a 0.
Mas sem Romário, poupado para o clássico contra o Flamengo, quem conseguiu se reabilitar foi o São Paulo. No Morumbi, venceu os cariocas, por 2 a 0, e chegou a 10 pontos no Brasileiro. O Vasco soma 11.
O São Paulo ainda prolonga um jejum vascaíno que completará 18 anos. A última vitória dos time do RJ no Morumbi, em Brasileiros, foi em 1989.
Embora tenha vencido, Muricy Ramalho ainda continua tendo seu pior ano na era dos pontos corridos após seis jogos. Com a vitória de ontem, o técnico atingiu 55,6% de aproveitamento, ainda aquém de sua marca mais baixa -61,1% com o São Caetano, em 2004.
Escalar o São Paulo de ontem não foi tarefa fácil para Muricy. Sem Josué e Alex Silva, na seleção, e Reasco, com o Equador, o treinador também não teve Leandro e Dagoberto, suspensos, e Fredson, lesionado.
O jovem Breno ganhou uma chance na zaga, e Souza, que treinou na lateral direita durante a semana, ficou no banco.
"A gente tem de simplificar. Achei melhor colocar o Ilsinho na ala porque o time precisa fazer gols", explicou Muricy.
A idéia de optar pelo mais óbvio funcionou logo no início da partida. Na primeira tentativa de ataque, Ilsinho passou fácil por Guilherme e cruzou. Aloísio fez o corta-luz e deixou para Borges abrir o placar. Foi o primeiro gol feito por um atacante tricolor neste Nacional.
O gol, logo aos 2min, demonstrou a fragilidade vascaína. O jogo se concentrou, na maior parte do tempo, no ataque dos paulistas. As chances vascaínas partiam dos pés de Abedi. Mas sempre longe de assustarem o goleiro Rogério.
Enquanto isso, o São Paulo seguia insistindo no ataque e, às vezes, contando com uma ajudinha extra dos cariocas.
Guilherme tocou a bola de cabeça, e Amaral se atrapalhou todo e teve a bola roubada por Borges. O atacante superou a saída de Sílvio Luiz e marcou seu segundo gol no jogo.
Para complicar ainda mais a situação do time de Celso Roth, o atrapalhado Amaral foi expulso aos 36min, após jogada faltosa em Borges.
Mesmo com dez, o Vasco passou a se apresentar mais ao ataque na segunda etapa. Pecava, contudo, nas conclusões.
Pelo lado paulista, a melhor oportunidade surgiu dos pés de Souza, que substituiu Borges, contundido. O meia recebeu passe de Ilsinho, girou e bateu para bela defesa de Sílvio Luiz.
No fim do jogo, Dudar teve chance de marcar para o Vasco, de falta. Rogério defendeu.


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