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O PERSONAGEM
Nalbert sai do banco, incendeia a equipe e transforma o jogo
DO ENVIADO A ATENAS
Ele não sabia se voltaria. Mas
conseguiu. De reserva e motivador na estréia, contra a Austrália, tornou-se peça fundamental da seleção na vitória
dramática sobre a Itália.
O ponta e capitão Nalbert,
operado em março no ombro
esquerdo, estreou ontem em
Atenas, algo quase impensável
após as primeiras previsões de
recuperação -de quatro a oito meses. Ele o fez em quatro.
Ontem, no intervalo do segundo para o terceiro set, ele e
Giovane, líderes da equipe, foram de titular em titular e disseram palavras de incentivo.
A motivação funcionou,
mas, no quarto set, a equipe
voltou a falhar, principalmente
na recepção. E Nalbert saiu da
reserva para inflamar a seleção, que perdia por 14 a 6.
Usou, para isso, um saque
potente. Na primeira tentativa,
deu rede. Mas no final do set,
com dois aces, fez a diferença
diminuir para dois pontos. A
Itália fechou, mas o Brasil voltava à partida.
E foi das mãos de Nalbert
que partiu o último saque -a
jogada culminou no ponto do
meio-de-rede Gustavo.
Caretas no rosto após a vitória, ele foi questionado se estava com dor. Negou. "Estou inteirão, com a energia acumulada. Agora é seguir em frente.
Descansar e se preparar para o
próximo jogo, pois não existe
jogo fácil em Olimpíada."
Nalbert anotou sete pontos,
média de 3,5 por set disputado,
ficando atrás só de Giba, que
atuou em todas as parciais e teve média de 5,2 pontos.
Bernardinho, que havia dito
que, caso fosse necessário, não
teria nenhum receio em lançar
mão do jogador, rasgou elogios. "A atuação dele foi brilhante", disse o treinador, que
não adiantou se o atleta, 30,
que disputa sua última competição pela seleção, será titular
contra os holandeses.
(LC)
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