São Paulo, quarta-feira, 18 de agosto de 2004

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Com ataque e defesa embalados, Corinthians pega antepenúltimo

DA REPORTAGEM LOCAL

De pior defesa do Brasileiro a melhor das últimas rodadas. De reserva de um ataque inoperante a um dos goleadores das cinco jornadas anteriores. A zaga corintiana e o atacante Jô tentam consolidar hoje essa volta por cima.
Às 21h50, contra o Paysandu, antepenúltimo do Brasileiro, em Belém, eles buscam esticar a invencibilidade de seis jogos.
A zaga chegou a ser a pior do Nacional. Sofreu goleadas, como os 4 a 0 para Grêmio e Palmeiras.
Esse roteiro mudou depois da chegada do técnico Tite, que ficou com a vaga de Oswaldo de Oliveira, demitido pela diretoria.
Com o técnico gaúcho, foram 14 gols sofridos em 17 jogos. Média de 0,82 por partida. Nenhuma equipe ostenta um índice tão baixo. O Palmeiras, que é o menos vazado, tem média de 0,88.
Dos técnicos que estão no campeonato, só Lori Sandri, do Guarani, que luta para evitar o rebaixamento, tem uma marca melhor: 0,67 gol levado por jogo.
"Quando chegamos aqui, nossa preocupação era diminuir o número de gols sofridos. Conseguimos porque todos estão marcando. Não gosto de falar que temos uma das melhores defesas, digo que nosso time é um dos que mais sabe se defender", disse o técnico.
O ataque corintiano também melhorou. Gil, Jô e Marcelo Ramos chegaram a amargar longos períodos sem fazer gols. Os três quebraram os seus jejuns.
Mas o caso mais emblemático é o de Jô. Ele virou reserva de Marcelo Ramos ainda quando o colega amargava três meses sem comemorar nem sequer um tento.
Porém virou talismã de Tite ao entrar no segundo tempo e marcar. Nos últimos cinco jogos ele fez cinco gols. Considerando esse período, ele está entre os que mais balançaram a rede. O santista Robinho e Paulo Baier, do Goiás, também têm média de um gol por partida nessas cinco rodadas.
No jogo anterior, ele foi titular, no lugar de Gil, suspenso, e marcou duas vezes na vitória por 2 a 0 sobre a Ponte Preta.
Gil não se recuperou de uma contusão na coxa esquerda e ficará fora da partida de hoje. Mesmo assim, Tite tem dúvidas entre escalar Jô e Alessandro.
A recuperação do ataque e da defesa deixaram o clube mais perto do que nunca da quarta posição, que vale vaga na Libertadores-05. São quatro pontos de diferença para o Atlético-PR.
O time chegou a estar na zona de rebaixamento. "Até me surpreendeu a maneira rápida como atingimos o nível atual", disse ele.
O treinador terá a volta do meia Fábio Baiano, que cumpriu suspensão diante da Ponte Preta.
Amanhã, o presidente do clube, Alberto Dualib, retorna da Inglaterra, onde negocia uma parceria de oito anos com um grupo que não teve o nome revelado. Segundo um dirigente, que pediu para não ser identificado, o negócio está praticamente fechado. Falta a aprovação dos conselheiros para que o contrato seja assinado.
No Paysandu, o técnico Adílson Batista terá as voltas do volante Sandro e do lateral Alonso, que cumpriram suspensão. (RP)


Colaborou a Agência Folha

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