São Paulo, domingo, 18 de setembro de 2011 |
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Olheiros Reforços baratos do Palmeiras, classificados por Scolari como apostas, penam para se firmar em meio a contusões, inoperância ou esquecimento LUCAS REIS DE SÃO PAULO "Espero poder honrar essa camisa tão gloriosa e me tornar ídolo do Palmeiras." O meia Pedro Carmona disse algo parecido anteontem, em sua apresentação. Mas a frase já foi repetida 15 vezes desde agosto de 2010. Desde que Luiz Felipe Scolari voltou ao Brasil, há pouco mais de um ano, o Palmeiras contratou 15 jogadores. A maioria por pedido e indicação do técnico e de seu novo escudeiro, Galeano. E a maior parte deles fracassou. Uns já até foram embora, como Wellington Paulista, Max Santos e Adriano (apelidado de Michael Jackson). Outros ainda tentam se destacar em meio a contusões, falta de oportunidades e inoperância, como Dinei, Paulo Henrique, João Vitor e Maikon Leite -este começou bem, mas não se firmou. Hoje, contra o Avaí, em Florianópolis, aquele que provavelmente é o mais bem-sucedido reforço palmeirense em 12 meses não jogará: Cicinho. Ele está machucado, assim como Dinei. Ricardo Bueno e Pedro Carmona, explica Scolari, precisam readquirir melhor condição física. Todos eles contratados no período. A explicação para os fracassos dos reforços vem de Scolari. "Não temos a condição que outros clubes têm, então estamos fazendo apostas. Espero que as pessoas entendam que umas apostas vingam, outras não", disse. Scolari começava a ser questionado pela Folha sobre o desempenho dos reforços quando começou a responder no meio da pergunta. "Foi bom ter perguntado isso. A gente indicou o Emerson, do Fluminense, para contratar, e ele acabou indo para o Corinthians. Mas não tínhamos condições financeiras", disse o treinador, antes de explicar que os reforços são, na verdade, apostas. O problema, segundo o técnico, é a falta de dinheiro. "Não contratamos o Emerson, temos agora o Pedro Carmona, que ganha 10% do que ganha o Emerson", contou. Ele foi além. "Nós queríamos um atacante, não me lembro o nome, mas não deu certo. O Fernandão ganha 10% do que ele ganharia." E falou até que os reforços baratos, no futuro, serão benéficos para a saúde financeira do Palmeiras. "Nós apostamos com valores que dão ao Palmeiras a condição de organizar a vida mais para frente. É a função de um técnico que tem identidade com o clube. E que em determinado dia pode não ter mais", declarou Scolari, que anteontem fez duras críticas à falta de novos talentos das categorias de base. "Buscamos jogadores jovens a custo zero, significa que o Palmeiras está se beneficiando, mesmo que seja daqui a alguns anos. Estamos investindo bem menos do que qualquer outro clube." Texto Anterior: Muricy quer que Neymar abasteça o ataque do time Próximo Texto: Bronca, protesto e má fase motivam time contra o Avaí Índice | Comunicar Erros |
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