DA REPORTAGEM LOCAL

A participação das rendas de jogos nos orçamentos dos clubes nunca foi tão pequena no Brasil. O diagnóstico é de Mauro Holzmann, diretor-executivo do Clube dos 13, entidade que reúne 17 times da primeira divisão.
"Hoje, as rendas das partidas não chegam a 10% dos orçamentos dos clubes", disse ele.
Segundo o executivo, são três as principais fontes de renda de um time: venda de ingressos, dos direitos de transmissão para a TV e merchandising.
"Cada uma devia representar um terço do orçamento dos clubes, como acontece na Europa", afirmou Holzmann, acrescentando que atualmente a verba da televisão é responsável por até 80% das receitas.
Para Mário Celso Petraglia, presidente do Atlético-PR -que ostenta a segunda maior média de público no Brasileiro-, a queda da importância das receitas de bilheteria é "o motivo das crises dos clubes".
O dirigente estima que, neste ano, graças ao bom desempenho do time, as rendas correspondam a até 16% do custo do futebol profissional do clube. "No ano passado, representaram 12%. Em 2000, ano seguinte à inauguração da Arena da Baixada, o percentual chegou a 22% e ajudou na estruturação do elenco campeão brasileiro em 2001", concluiu. (CCP E LF)


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