DA SUCURSAL DO RIO

Logo após o jogo, os botafoguenses começaram a protestar contra o rebaixamento da equipe.
Cerca de cem integrantes de organizadas tentaram invadir o gramado do estádio Caio Martins, em Niterói (a 13 km do Rio). Eles se dirigiram em direção ao vestiário do Botafogo e tentaram subir o alambrado, mas foram contidos por policiais militares. Conseguiram, entretanto, quebrar uma das janelas do ônibus do São Paulo.
Sem poder invadir o gramado, os torcedores ficaram cerca de meia hora protestando contra os jogadores. "Isso foi a maior vergonha que eu já vi na minha vida", disse o torneiro mecânico Carlos Santiago, 51. Ele era um dos que tentaram derrubar o alambrado para agredir os atletas.
A confusão não foi só dentro do estádio. Do lado de fora, mais de cem torcedores esperavam a saída dos jogadores. Houve tumulto na rua em frente ao portão principal do Caio Martins.
Outro grupo de torcedores preferiu um protesto menos barulhento. Ficaram sentados na arquibancada, chorando. "O pior é que nós é que vamos ter que aguentar. Esse bando de jogadores covardes levou o time para o fundo do poço e, agora, vai embora com carro importado, rindo da gente", declarou Marcelo Guimarães, 53, que chorou ao lado da filha. Ele foi um dos últimos torcedores a deixar o estádio.
O jogo de ontem era considerado de alto risco para a PM, que colocou 300 homens para conter os torcedores e mandou um helicóptero sobrevoar o estádio.



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