DO ENVIADO A YOKOHAMA

O superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha disse que considera uma derrota do São Paulo para o Liverpool um fato absolutamente normal.
"O mundo não vai acabar por causa disso. Vou ficar muito triste, chateado. Mas vai ser só no dia. Depois, arrumo a minha mala e pronto. O São Paulo não vai acabar por causa disso", afirmou.
Cunha disse ainda que o clima frio e o fato de os ingleses terem tido uma viagem bem menos cansativa que o São Paulo também deixam o Liverpool com uma certa vantagem na decisão.
"Lá, eles jogam sob temperaturas de 2C e 3C. Já vi caso de jogador que teve que colocar jornal na chuteira para ver se conseguia jogar. Mas isso ninguém fala", comentou o dirigente.
Sobre a questão da renovação do contrato do atacante Amoroso, Cunha questiona o fato de a mídia ter noticiado que ele não foi procurado cedo pelo clube. "Ele [Amoroso] tem contrato até o próximo dia 31. É um jogador importante, mas os outros também são. E o Cicinho, o Lugano, o Mineiro? Também temos outros atacantes. O Thiago é um garoto que joga para caramba", completou.
Cunha ainda rebateu as críticas ao presidente Marcelo Portugal Gouvêa de que teria atacado Amoroso em momento inoportuno, às vésperas da briga pelo título Mundial.
"Provocaram o presidente. Ele acabou explodindo e disse aquelas coisas. E vou falar uma coisa. Se o Amoroso sair, o São Paulo não vai acabar", falou o dirigente, que, no entanto, se mostrou favorável à renovação.
Cunha comentou ainda sobre 2006 e prevê dificuldades, já que, na Libertadores, o São Paulo vai ter a companhia de Palmeiras e Corinthians. "Vai ser duro segurar alguns jogadores", admitiu o cartola são-paulino sobre a formação do elenco.
Ontem, o conselheiro são-paulino José da Rocha Ferreira Filho, 84, morreu em Tóquio de causa natural. A diretoria começou a providenciar o transporte de seu corpo. (TA)


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