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Confronto de Israel na Davis será sem torcida
Alegando falta de segurança, autoridades suecas anunciam que duelo contra a equipe local ocorrerá com os portões fechados
DA REPORTAGEM LOCAL
O conflito entre israelenses e
palestinos na faixa de Gaza voltou a influenciar o mundo esportivo ontem. E, mais uma
vez, a disputa no Oriente Médio
respingou no tênis.
A Suécia anunciou que seu
confronto com Israel, pela Copa Davis, no mês que vem, será
realizado com os portões fechados para a torcida.
Por razões de segurança, as
4.000 cadeiras do ginásio Baltiska Hallen estarão vazias. Somente convidados da federação
de tênis local poderão assistir à
melhor de cinco partidas.
O responsável pela decisão
foi o Comitê de Recreação da
cidade de Malmö, no sul da
Suécia, onde ocorrerá a disputa
entre os dias 6 e 8 de março.
Segundo Bengt Forsberg,
presidente do comitê, a medida
visa evitar manifestações anti-
-israelenses durante as partidas, válidas pelo primeira rodada do Grupo Mundial da Davis.
"Estamos falando de jogos de
alto risco, em que não poderíamos garantir a segurança dos
torcedores", afirmou ele.
E, apesar de considerar a decisão "inoportuna", a Federação Internacional de Tênis declarou, em comunicado oficial,
que acatará a decisão das autoridades de Malmö.
"[O veto à torcida] nega aos
fãs do tênis na Suécia a oportunidade de assistir a jogos de elite. Por isso, acreditamos que
não representa, a longo prazo,
os interesses da Copa Davis",
afirmou a federação na nota.
Mesmo diante da perspectiva
de vantagem por não ter de
atuar com a torcida contra, a
Federação de Tênis de Israel
também criticou as autoridades responsáveis pela medida.
"É terrível que estejam tentando misturar política e esporte, especialmente em um
país progressista como a Suécia", declarou o presidente da
entidade, Michael Klein.
Esse foi o segundo episódio
envolvendo tênis e o conflito
árabe-israelense nesta semana.
No domingo, a tenista de Israel Shahar Peer -que foi alvo
de protestos durante uma partida na Nova Zelândia, em janeiro- anunciou que teve seu
visto negado pelos Emirados
Árabes Unidos, o que a impediu
de atuar no Torneio de Dubai.
Em virtude do incidente, a
edição europeia do "Wall Street
Journal" retirou ontem seu patrocínio ao evento, que vai até
sábado. Já o canal de TV "Tennis Channel" cancelou a transmissão das partidas.
Ainda ontem, líderes judeus
norte-americanos exigiram,
em comunicado, a exclusão do
Torneio de Dubai dos calendários masculino e feminino.
Com agências internacionais
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