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FUTEBOL
Reunião da CBF amplia de 4 para 7 anos próximo mandato se país for escolhido como sede; cartola tenta reeleição
Teixeira abre caminho para ficar até 2014
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Único pré-candidato anunciado, o presidente da CBF, Ricardo
Teixeira, conseguiu a aprovação
ontem da ampliação do tempo do
mandato que sucederá o atual.
Em decisão da assembléia geral
da confederação, subiu de quatro
para, pelo menos, sete anos o período de permanência do próximo presidente no cargo.
Desde 1989 no comando da
CBF, o dirigente usou a provável
vitória do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014 como argumento para convencer presidentes de federações a aprovarem a
mudança do estatuto. A proposta
passou por unanimidade.
Por ela, caso a Fifa realize a Copa no país, o vencedor ficará no
cargo até a assembléia geral que
apreciará as contas da entidade
depois do Mundial, prevista para
abril de 2015. O próximo mandato começa em janeiro de 2008.
""Quem for eleito em 2007 terá o
mandato definido até depois de
2015. Não é prorrogação. Não estamos mudando nada neste mandato agora", disse Teixeira, que já
anunciou que concorrerá.
Se a candidatura do Brasil for
derrotada na Fifa, o mandato terá
só quatro anos. Com a mudança
no estatuto, não ocorrerá a eleição
de 2011, três anos antes do início
do Mundial, se o Brasil for a sede.
Ao justificar a decisão como
proposta na reunião de ontem,
Teixeira disse que a organização
brasileira não pode ter descontinuidade, problema que identifica
na preparação do Pan 2007.
""Vão ocorrer muitas mudanças
de governos no período [do Pan].
Teremos eleições estaduais e uma
presidencial. Temos que ter uma
estrutura que dê garantias definitivas à direção da Fifa, que será a
mesma de 2008 a 2014", disse.
Se reeleito, ele ficará 26 anos no
cargo. Neste ano, Teixeira já superou a marca de João Havelange,
que comandou a antiga CBD por
16 anos, de 1954 a 1978. Teixeira
soma 17 anos na entidade. Sua
primeira eleição na CBF teve o
apoio de Havelange, seu ex-sogro.
"Esta solução praticamente garante o Brasil como sede em 2014.
Gostei mais ainda porque foi na
sessão que fui presidente", disse
Delfim Peixoto, presidente da federação de Santa Catarina. O
evento foi realizado em um hotel
da Barra, zona oeste do Rio.
Peixoto também tinha outros
motivos para comemorar. Foi um
dos premiados no sorteio realizado após a reunião, pelo qual a CBF
escolheu dez presidentes de federações para assistirem à Copa. O
pacote incluía vôos, hospedagem
e ingressos para os jogos. Todos
podem levar um acompanhante.
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