São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Reunião da CBF amplia de 4 para 7 anos próximo mandato se país for escolhido como sede; cartola tenta reeleição

Teixeira abre caminho para ficar até 2014

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Único pré-candidato anunciado, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, conseguiu a aprovação ontem da ampliação do tempo do mandato que sucederá o atual.
Em decisão da assembléia geral da confederação, subiu de quatro para, pelo menos, sete anos o período de permanência do próximo presidente no cargo.
Desde 1989 no comando da CBF, o dirigente usou a provável vitória do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014 como argumento para convencer presidentes de federações a aprovarem a mudança do estatuto. A proposta passou por unanimidade.
Por ela, caso a Fifa realize a Copa no país, o vencedor ficará no cargo até a assembléia geral que apreciará as contas da entidade depois do Mundial, prevista para abril de 2015. O próximo mandato começa em janeiro de 2008.
""Quem for eleito em 2007 terá o mandato definido até depois de 2015. Não é prorrogação. Não estamos mudando nada neste mandato agora", disse Teixeira, que já anunciou que concorrerá.
Se a candidatura do Brasil for derrotada na Fifa, o mandato terá só quatro anos. Com a mudança no estatuto, não ocorrerá a eleição de 2011, três anos antes do início do Mundial, se o Brasil for a sede.
Ao justificar a decisão como proposta na reunião de ontem, Teixeira disse que a organização brasileira não pode ter descontinuidade, problema que identifica na preparação do Pan 2007.
""Vão ocorrer muitas mudanças de governos no período [do Pan]. Teremos eleições estaduais e uma presidencial. Temos que ter uma estrutura que dê garantias definitivas à direção da Fifa, que será a mesma de 2008 a 2014", disse.
Se reeleito, ele ficará 26 anos no cargo. Neste ano, Teixeira já superou a marca de João Havelange, que comandou a antiga CBD por 16 anos, de 1954 a 1978. Teixeira soma 17 anos na entidade. Sua primeira eleição na CBF teve o apoio de Havelange, seu ex-sogro.
"Esta solução praticamente garante o Brasil como sede em 2014. Gostei mais ainda porque foi na sessão que fui presidente", disse Delfim Peixoto, presidente da federação de Santa Catarina. O evento foi realizado em um hotel da Barra, zona oeste do Rio.
Peixoto também tinha outros motivos para comemorar. Foi um dos premiados no sorteio realizado após a reunião, pelo qual a CBF escolheu dez presidentes de federações para assistirem à Copa. O pacote incluía vôos, hospedagem e ingressos para os jogos. Todos podem levar um acompanhante.


Texto Anterior: Futebol - Tostão: Mal-estar do Parreira
Próximo Texto: Saiba mais: Mandatário se eterniza há cinco eleições no cargo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.