São Paulo, domingo, 19 de maio de 2002

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Jogo vira libelo nacionalista do povo catalão

DOS ENVIADOS A BARCELONA

Faixas esticadas no Camp Nou deram o tom do que representou fora de campo o amistoso de ontem entre o Brasil e a seleção da Catalunha, que reuniu 96.700 pagantes e convidados no estádio do Barcelona. Uma festa pela separação da Catalunha do resto da Espanha:
"Independência - Estado Catalão"; "Seleção catalã já"; "Nós não somos espanhóis". O estádio foi tomado por bandeiras em amarelo e vermelho que serviam como capas para os torcedores da região mais rica da Espanha.
Antes do jogo, foi exibida a tradição dos "castellers", na qual um grupo de pessoas forma castelos humanos. Uma garota chegou ao topo da pirâmide e desfraldou um estandarte catalão. O público foi à loucura.
O estádio cantou em pé o hino da Catalunha, que integra as 18 comunidades autônomas (correspondentes a Estados) da Espanha, mas é reconhecida como "autonomia especial", embora subordinada a Madri.
Para receber a seleção brasileira, os catalãos pagaram US$ 700 mil. As manifestações separatistas irritaram espanhóis de outras regiões. "Vou torcer para o Brasil ganhar de 15 a 0. Sou espanhol, o que eles pensam?", protestava indignado Alberto García, nascido na Andaluzia. (FV, JAB E SR)


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