São Paulo, domingo, 19 de maio de 2002

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ATLETISMO

Para dirigente, resolução afeta lisura de torneios

Liberação provisória de brasileira pega no doping causa polêmica

DA REPORTAGEM LOCAL

A liberação provisória para competir da brasileira Fabiane dos Santos já trouxe polêmica ao país. A meio-fundista, pega no antidoping do GP Brasil, no Rio, no ano passado, irá ser julgada, em última instância, pelo Tribunal de Arbitragem do Esporte, em Lausanne, na Suíça. Até lá, poderá participar normalmente.
"Isso abre uma brecha perigosa. Já pensou como ficam os outros atletas, que irão competir contra um adversário que, provavelmente, fez uso de doping?", questiona Sérgio Coutinho Nogueira, presidente da equipe BM&F, principal clube de atletismo do Brasil.
A Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo) não aceitou as alegações do Tribunal de Justiça Desportiva da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), que havia absolvido Fabiane no começo do ano.
Segundo as novas disposições do COI (Comitê Olímpico Internacional), casos como o da brasileira são remetidos ao tribunal suíço. Porém, para não deixar a atleta durante muito tempo inativa, há a liberação provisória.
"A Fabiane está suspensa desde o dia 8 de agosto. O julgamento em última instância vai demorar uns três ou quatro meses. Não é justo uma atleta ficar tanto tempo sem competir", disse o espanhol Josep Maria Mir, advogado da brasileira, por telefone, à Folha.
A Iaaf tem até sexta-feira que vem para apresentar a acusação contra a atleta. A partir desse relatório é que a defesa fará suas alegações. "Temos esperança de que vamos conseguir a absolvição. O tribunal do COI é imparcial e não é politizado", afirmou Mir.
(ADALBERTO LEISTER FILHO)



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