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OPINIÃO
Times nacionais podem pegar qualquer equipe
TOSTÃO
COLUNISTA DA FOLHA
O São Paulo nem precisou atuar tão bem como
nos melhores momentos da Libertadores da América para
ganhar o título mundial.
O goleiro Rogério, símbolo da
equipe, mereceu não só esse título como o de craque do jogo.
Os três zagueiros também
atuaram muito bem.
Como é comum em uma final, aconteceram fatos bem diferentes do habitual. O São
Paulo, que joga com os dois
alas no ataque, atuou com cinco defensores, já que Cicinho e
Júnior foram laterais marcadores durante quase toda a
partida.
Mineiro, um bom volante,
mas que é confuso quando
avança e que raramente faz
um gol, penetrou nas costas dos
zagueiros e, com profunda lucidez, olhou para o goleiro e tocou a bola no canto. O ótimo
passe foi também de um centroavante (Aloísio), que não
tem normalmente essa habilidade e criatividade.
O São Paulo mostrou que os
melhores times brasileiros,
mesmo sem os grandes craques
da seleção, podem enfrentar
qualquer equipe, mesmo sabendo também que não atuam
no Liverpool os grandes jogadores europeus, com exceção
de Gerrard.
O time inglês mostrou novamente que tem um ótimo conjunto, porém pouca imaginação e talento no ataque. Como
o Liverpool, o São Paulo tem
um bom time, sem ser excepcional, mas confirmou que está
entre os maiores clubes da história do futebol mundial.
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