São Paulo, segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

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OPINIÃO

Times nacionais podem pegar qualquer equipe

TOSTÃO
COLUNISTA DA FOLHA

O São Paulo nem precisou atuar tão bem como nos melhores momentos da Libertadores da América para ganhar o título mundial.
O goleiro Rogério, símbolo da equipe, mereceu não só esse título como o de craque do jogo. Os três zagueiros também atuaram muito bem.
Como é comum em uma final, aconteceram fatos bem diferentes do habitual. O São Paulo, que joga com os dois alas no ataque, atuou com cinco defensores, já que Cicinho e Júnior foram laterais marcadores durante quase toda a partida.
Mineiro, um bom volante, mas que é confuso quando avança e que raramente faz um gol, penetrou nas costas dos zagueiros e, com profunda lucidez, olhou para o goleiro e tocou a bola no canto. O ótimo passe foi também de um centroavante (Aloísio), que não tem normalmente essa habilidade e criatividade.
O São Paulo mostrou que os melhores times brasileiros, mesmo sem os grandes craques da seleção, podem enfrentar qualquer equipe, mesmo sabendo também que não atuam no Liverpool os grandes jogadores europeus, com exceção de Gerrard.
O time inglês mostrou novamente que tem um ótimo conjunto, porém pouca imaginação e talento no ataque. Como o Liverpool, o São Paulo tem um bom time, sem ser excepcional, mas confirmou que está entre os maiores clubes da história do futebol mundial.


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