São Paulo, quinta-feira, 20 de maio de 2004 |
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Jogo-festa abre seqüência recorde da gestão Parreira
A partir do amistoso de hoje contra a França, que marca centenário da Fifa, técnico terá pela primeira vez três semanas para treinar a seleção PAULO COBOS ENVIADO ESPECIAL A PARIS Até agora, ele foi só um selecionador. A partir de hoje, às 16h, quando a seleção brasileira faz amistoso contra a França no centenário da Fifa, chegou a hora de ser treinador de forma completa. Carlos Alberto Parreira terá por quase três semanas as principais estrelas brasileiras para uma dezena de treinos e nada menos do que quatro partidas -duas amistosas (a de hoje e contra a Catalunha) e duas pelas eliminatórias (Argentina e Chile). Em nenhum outro momento até a Copa-2006 ele terá tanto tempo e jogos seguidos para entrosar a equipe, já que está claro que os principais jogadores do país não irão disputar a Copa América do Peru, em julho. Para o treinador, no entanto, os constantes deslocamentos e o desfalque de alguns atletas que serão liberados para seus clubes neste final de semana conspiram contra seu trabalho. "A seleção está jogando para treinar. É evidente que essas não são as condições normais. Nós invertemos o processo normal de trabalho. O ideal é treinar para competir, mas não estou reclamando. Essa é a nossa realidade", diz o treinador, que sem uma seqüência consistente de trabalho tem números ruins à frente da seleção. Foram 11 jogos com os astros (o time jogou quatro vezes com um elenco de segundo escalão), com quatro vitórias, seis empates e uma derrota. Na arrancada da série que pode fazer o Brasil voltar a jogar bem, o clima de amistoso é quebrado pelo sentimento de revanche, causado pela vitória francesa por 3 a 0 na final da Copa de 1998, e pela qualidade do adversário. "Ninguém está levando esse jogo como amistoso, mas esse é o nome que ele leva", afirma Ronaldinho, tentando diminuir a temperatura do jogo. Já Roberto Carlos tenta evitar a pressão por uma vitória. "O jogo contra a Argentina é mais importante. Aqui não temos a mesma responsabilidade", diz o lateral-esquerdo. Na hora de elogiar o rival, o discurso da seleção é unânime. "A França tem agora o que faltava antes: gente de frente", diz Parreira. "Eles estão no mesmo nível ou melhores", fala Juninho Pernambucano, que atua no francês Lyon e que hoje repete com Edmílson a dupla de volantes que foi bem contra a Hungria, em abril. No "jogo do século", como Parreira chama o amistoso, os dois times terão desfalques. Pelo lado do Brasil, o treinador terá que escalar Cris e Luisão na zaga, já que todos os outros zagueiros chamados estão machucados. No meio-campo, Zé Roberto, com problemas musculares, deve ficar de fora -Edu será o seu substituto. Na França, que faz um de seus últimos aprontos para a Eurocopa, não atuam os atletas do Olympique de Marselha, que decidiram o título da Copa da Uefa, ontem. O goleiro Barthez é um deles. Os rivais de hoje foram escolhidos para o amistoso por serem o país que abrigou a primeira sede da Fifa (França) e o maior vencedor de Copas do Mundo (Brasil). NA TV - Globo, ao vivo, a partir das 16h Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Por 45 minutos, seleção reedita cor do fracasso Índice |
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