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AÇÃO
Teahupoo no micro
CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA
Andy Irons, Kelly Slater, Taj
Burrow. Realizadas três etapas do Circuito Mundial de surfe
profissional deste ano, os três atletas que, ao longo da temporada
de 2003 rivalizaram pela disputa
do título, voltam a protagonizar a
corrida pela ponta do ranking.
A diferença em relação ao ano
passado é que, até agora, nenhum
venceu ainda, evidenciando, por
um lado, que existem outros atletas aptos a ingressar nesse bloco
dianteiro ao longo da temporada
e, por outro, que os três, mesmo
quando não vencem, mantêm
uma regularidade incrível.
A terceira etapa do WCT terminou no último sábado, em Teahupoo, no Taiti. Não foi com as ondas pesadas e temidas que todos
esperavam, mas não faltaram os
tubos e a emoção. Começou num
mar de cinco pés e na final as ondas passavam dos oito pés.
Famosa por triturar os menos
preparados, a onda de Teahupoo
pegou leve desta vez. O único incidente do Billabong Pro foi na final. Em sua segunda onda o australiano Nathan Edge se chocou
com a parede da onda na saída
do tubo, deslocou o ombro e precisou de resgate dos jet-skis.
O acidente facilitou a vida de C.
J. Hobgood, que havia derrotado
Kelly Slater, até então o favorito
da prova na semifinal, e fez por
merecer, finalmente, o título, em
sua terceira final em seis edições
do WCT de Teahupoo.
Entre os brasileiros, destaque
para a volta de Neco Padaratz,
ausente desde o acidente e conseqüente trauma na prova em 2000.
Mas ele, assim como a maioria
dos brasileiros, ficou em último
na prova. Guilherme Herdy e
Paulo Moura, que passaram em
baterias cujos rivais eram brasileiros, ficaram em 17º. Peterson
Rosa foi melhor: ficou em nono,
eliminado por Slater, que em
poucos minutos de bateria das oitavas-de-final somava 17 pontos
em 20 possíveis.
Se a competição não foi o espetáculo esperado, a transmissão
em tempo real pela internet
(www.billabongpro.com) superou as melhores expectativas. Pela primeira vez transmitida em
banda larga e com locução em
quatro línguas, a cobertura mostrou, de vários ângulos, todas as
ondas decisivas do Billabong Pro.
Foram dez horas diárias de
transmissão nos três últimos dias,
com direito a replay dos melhores
momentos em câmera lenta nos
intervalos, entrevistas com os surfistas ainda no canal após cada
bateria, trilha sonora bem colocada com as imagens e um grande
trabalho de Roberto Perdigão na
locução em português. Esse trabalho foi inaugurado em Teahupoo
em 2003 e evoluiu muito em um
ano. Pela audiência e retorno de
e-mails elogiosos registrados, é
provável que fique ainda melhor
e mais abrangente nos próximos.
Ainda sobre Teahupoo, no dia
22 de abril, o local Ramana Van
Bastolaer, 30, entubou no que
tem sido comentado como o
maior e mais espesso tubo já surfado lá. Laird Hamilton, que detém o título da "onda do século"
surfada lá mesmo em Teahupoo,
e presente na sessão, criticou o incentivo financeiro que vem sendo
dado ao surfe de ondas grandes.
Desafio júnior
Só para convidados de até 20 anos, em novo formato organizado pela
Abrasp e patrocinado pela Oakley, o desafio irá reunir 16 surfistas
nas melhores ondas do Rio entre os dias 26 e 30.
Ciclismo Raam
A equipe Extra Distance (quatro atletas) representará o Brasil na prova que percorre os 4.800 km que separam San Diego e Atlantic City,
nos EUA, e que começa no dia 20 de junho.
Neve em Curitiba
Nos dias 5 e 6 de junho, numa pista de neve artificial montada na Pedreira Paulo Leminski, acontece o Snow-Ski Pass, evento que irá reunir atletas brasileiros e sul-americanos de ski e snowboard.
E-mail sarli@trip.com.br
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