São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 2008

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Clássico de verdade e tenso acaba em empate

São Paulo sai na frente e vê rival Palmeiras reagir em jogo com três expulsões

Palmeiras 2
São Paulo 2


RICARDO VIEL
TONI ASSIS


DA REPORTAGEM LOCAL

Duas expulsões com dez minutos, uma vantagem de 2 a 0 que foi igualada com dois gols em dois minutos e muita catimba e tensão. Esse foi o saldo final do quinto confronto entre Palmeiras e São Paulo em 2008 com o 2 a 2 de ontem à tarde no Parque Antarctica.
Resultado que, se não foi o ideal para nenhum dos lados, também não desagradou por completo os arqui-rivais.
"Empatar em casa nunca é bom. Mas diante da circunstância, perdíamos por 2 a 0, o empate foi ótimo. O São Paulo tem um grande time. O que valeu foi a raça do segundo tempo, não o sono do primeiro", falou o palmeirense Marcos.
"Não saímos com gosto de derrota porque ela não existiu, mas sem dúvida que poderíamos ter dado um passo bem maior na classificação hoje", comentou o goleiro Rogério.
Os dois times agora voltam suas atenções para a seqüência do torneio. No meio de semana o Palmeiras recebe o Argentinos Juniors pela Sul-Americana e no domingo pega o Fluminense no Rio pelo Brasileiro. Já o São Paulo recebe o Vitória na quinta-feira no Morumbi.
A expectativa de um grande jogo foi confirmada logo no início com o pênalti de Léo Lima em Jean aos 5min. Rogério deslocou Marcos, abriu o placar e aumentou ainda mais a temperatura da partida.
Na saída de bola, a primeira confusão de um primeiro tempo que seria catimbado. Houve desentendimento entre atletas dos dois times e, para segurar a partida, o juiz Sálvio Spínola expulsou o atacante Borges e o meia Diego Souza.
Com dez em campo, o jogo ficou franco. E os jogadores, sentindo que o árbitro não expulsaria mais ninguém, passaram a revidar as entradas mais ríspidas. Só na primeira etapa, Sálvio amarelou mais seis atletas: Rodrigo, Hugo e Dagoberto, do lado do São Paulo e Roque Júnior, Léo Lima e Kléber da equipe do Palmeiras.
Em desvantagem, Luxemburgo mandou seu time à frente. Logo após a expulsão de Diego Souza, ele queimou a primeira substituição e colocou Evandro na vaga de Maurício.
Num primeiro tempo de lances emocionantes, Rogério fez a diferença e também contou com a sorte. Numa bela cabeçada de Alex Mineiro, ele viu a bola bater no travessão, quicar na linha e não entrar no gol.
O jogo já caminhava para o intervalo quando em um novo erro de Léo Lima -fora ele quem cometera o pênalti em Jean-, Dagoberto ficou só com a marcação de Gustavo. Ele chutou no canto para fazer 2 a 0 e aumentar a vantagem são-paulina no clássico.
O Palmeiras voltou com Pierre no lugar de Léo Lima e ainda no início da segunda etapa colocou Denílson para a saída de Sandro Silva. No entanto, o time tinha dificuldades no apoio e o único a incomodar era Kléber, que deu muito trabalho a André Dias desde o início.
A persistência de Kléber, aliás, que recolocou o time no jogo. Ele chutou uma bola que Rogério não segurou. Denílson pegou na direita, foi à linha de fundo, deixou André Dias no chão e rolou rasteiro. Kléber fechou e completou: 2 a 1.
No lance seguinte, o Palmeiras teve uma falta a seu favor. Leandro bateu a infração, Dagoberto, na barreira, desviou e enganou Rogério, empatando em dois minutos um clássico que já parecia estar definido.
No final, Roque Júnior, que já tinha amarelo, ainda foi expulso. Tenso até o final, o clássico terminou no 2 a 2.


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