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Clássico de verdade e tenso acaba em empate
São Paulo sai na frente e vê rival Palmeiras reagir em jogo com três expulsões
Palmeiras 2
São Paulo 2
RICARDO VIEL
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Duas expulsões com dez minutos, uma vantagem de 2 a 0
que foi igualada com dois gols
em dois minutos e muita catimba e tensão. Esse foi o saldo final do quinto confronto entre
Palmeiras e São Paulo em 2008
com o 2 a 2 de ontem à tarde no
Parque Antarctica.
Resultado que, se não foi o
ideal para nenhum dos lados,
também não desagradou por
completo os arqui-rivais.
"Empatar em casa nunca é
bom. Mas diante da circunstância, perdíamos por 2 a 0, o empate foi ótimo. O São Paulo tem
um grande time. O que valeu foi
a raça do segundo tempo, não o
sono do primeiro", falou o palmeirense Marcos.
"Não saímos com gosto de
derrota porque ela não existiu,
mas sem dúvida que poderíamos ter dado um passo bem
maior na classificação hoje",
comentou o goleiro Rogério.
Os dois times agora voltam
suas atenções para a seqüência
do torneio. No meio de semana
o Palmeiras recebe o Argentinos Juniors pela Sul-Americana e no domingo pega o Fluminense no Rio pelo Brasileiro. Já
o São Paulo recebe o Vitória na
quinta-feira no Morumbi.
A expectativa de um grande
jogo foi confirmada logo no início com o pênalti de Léo Lima
em Jean aos 5min. Rogério deslocou Marcos, abriu o placar e
aumentou ainda mais a temperatura da partida.
Na saída de bola, a primeira
confusão de um primeiro tempo que seria catimbado. Houve
desentendimento entre atletas
dos dois times e, para segurar a
partida, o juiz Sálvio Spínola
expulsou o atacante Borges e o
meia Diego Souza.
Com dez em campo, o jogo ficou franco. E os jogadores, sentindo que o árbitro não expulsaria mais ninguém, passaram
a revidar as entradas mais ríspidas. Só na primeira etapa,
Sálvio amarelou mais seis atletas: Rodrigo, Hugo e Dagoberto, do lado do São Paulo e Roque Júnior, Léo Lima e Kléber
da equipe do Palmeiras.
Em desvantagem, Luxemburgo mandou seu time à frente. Logo após a expulsão de Diego Souza, ele queimou a primeira substituição e colocou
Evandro na vaga de Maurício.
Num primeiro tempo de lances emocionantes, Rogério fez
a diferença e também contou
com a sorte. Numa bela cabeçada de Alex Mineiro, ele viu a bola bater no travessão, quicar na
linha e não entrar no gol.
O jogo já caminhava para o
intervalo quando em um novo
erro de Léo Lima -fora ele
quem cometera o pênalti em
Jean-, Dagoberto ficou só com
a marcação de Gustavo. Ele
chutou no canto para fazer 2 a 0
e aumentar a vantagem são-paulina no clássico.
O Palmeiras voltou com Pierre no lugar de Léo Lima e ainda
no início da segunda etapa colocou Denílson para a saída de
Sandro Silva. No entanto, o time tinha dificuldades no apoio
e o único a incomodar era Kléber, que deu muito trabalho a
André Dias desde o início.
A persistência de Kléber,
aliás, que recolocou o time no
jogo. Ele chutou uma bola que
Rogério não segurou. Denílson
pegou na direita, foi à linha de
fundo, deixou André Dias no
chão e rolou rasteiro. Kléber fechou e completou: 2 a 1.
No lance seguinte, o Palmeiras teve uma falta a seu favor.
Leandro bateu a infração, Dagoberto, na barreira, desviou e
enganou Rogério, empatando
em dois minutos um clássico
que já parecia estar definido.
No final, Roque Júnior, que
já tinha amarelo, ainda foi expulso. Tenso até o final, o clássico terminou no 2 a 2.
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