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Luxemburgo "engana" placar e veta juiz na Copa
Técnico divulga duas escalações e critica árbitro cujo sorteio irritou o São Paulo
Palmeirense afirma que Sálvio Spínola não está pronto para o Mundial e que dúvida na formação de sua
equipe não foi proposital
DA REPORTAGEM LOCAL
O juiz Sálvio Spínola, que teve apoio irrestrito da diretoria
palmeirense ao ser indicado
para o clássico, foi o centro das
críticas do técnico Vanderlei
Luxemburgo ontem após a partida no Parque Antarctica.
"Critico o Sérgio Correa, homem que comanda a arbitragem nacional, mas ele fez o que
tinha de fazer ao escalar o Sálvio, que é um juiz cotado para a
Copa, neste jogo. Mas o Sálvio
mostrou que não está pronto. O
jogo teve polêmica durante a
semana, e os equívocos mostraram que ele [Spínola] não está
preparado", comentou o treinador palmeirense.
A principal reclamação de
Luxemburgo foi sobre a expulsão do meia Diego Souza logo
no início do jogo -no lance o
atacante Borges também levou
cartão vermelho.
"Eu fiquei no prejuízo porque precisei substituir logo, e o
Muricy segurou a troca."
O mistério para divulgar o time antes do jogo ganhou até
um fato pouco usual. A comissão técnica do Palmeiras soltou
uma escalação, fornecida à imprensa, que não era a que começaria o jogo. A confusão chegou ao placar eletrônico que
anunciou o time da casa sem
Maurício e Élder Granja, que
iniciaram como titulares.
Após a partida, Luxemburgo
disse que não usou malandragem para confundir o são-paulino Muricy Ramalho.
"Economizamos o Martinez
em Atibaia [onde o time treinou durante a semana], porque
vinha jogando bem e queríamos contar com ele. Mas ele
não teve condições", disse o
treinador palmeirense.
Questionado se a divulgação
da primeira escalação foi para
despistar o adversário, o treinador disse que o jogador foi vetado no vestiário. "Se o Martinez
jogasse, eu ia fazer uma mudança, jogando com Sandro Silva na ala e com o Pierre. Mas
não deu, então o Granja voltou
ao time", falou Luxemburgo sobre a confusão das listas.
O técnico Muricy Ramalho,
do São Paulo, disse que a mudança de última hora não o pegou de surpresa. "O Martinez
não pôde jogar. Entrou outro
zagueiro no lugar", disse.
Boa parte do mistério feito
na semana pelos dois times terminou com dez minutos de jogo. Foi quando um jogador de
cada lado foi expulso (Borges e
Diego Souza) e os times tiveram mais espaço em campo do
que o habitual.
"Por causa das expulsões o
jogo acabou ficando aberto",
analisou o são-paulino André
Dias.
(RICARDO VIEL E TONI ASSIS)
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