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Ministério do Trabalho investiga clubes do RJ
Atraso de salários pode tirar benefícios fiscais de equipes
ANDRÉ ZAHAR
DA SUCURSAL DO RIO
Os quatro maiores clubes do
Rio enfrentam auditoria do Ministério do Trabalho por atrasos de salário. Ontem, o Flamengo equalizou atrasos do futebol e parte de outros débitos,
mas deve valor relativo a fevereiro a funcionários administrativos e atletas do basquete.
Com folha salarial de R$ 900
mil, a dívida do Flamengo ultrapassava R$ 1,8 milhão, conforme informação dada ao Ministério Público do Trabalho.
Os 550 funcionários e mais de
20 atletas amadores não recebiam desde dezembro.
Parte do rombo foi coberta
graças a aporte de R$ 10 milhões da Globo, feito como antecipação do pagamento de direito de TV já relativo a 2010.
O clube pagou ontem dois
meses de atraso do basquete, o
mês de janeiro dos funcionários administrativos e do futebol e o 13º salário de uma parte
dos funcionários que ainda não
haviam recebido. Como o pagamento do futebol é dia 25, o clube está em dia com o elenco.
O Ministério Público do Trabalho deu ontem prazo de cinco dias para o Flamengo sanear
as contas. Como não resolveu
totalmente o problema, pode
buscar acordo para evitar novo
processo trabalhista. Segundo
o Flamengo, a Petrobras ainda
não fez repasse de R$ 4,5 milhões pelo patrocínio de 2008,
que pode ajudar nos pagamentos. O contrato com a petrolífera terminou em dezembro.
O Vasco prestou esclarecimentos na terça e prometeu
apresentar dia 7 de abril proposta para os 460 funcionários
administrativos que não recebem desde dezembro. Os atletas, por sua vez, receberam salário de janeiro. O Fluminense
terá audiência no mesmo dia.
O Botafogo foi obrigado em
2008 a pôr em dia salários de
empregados sob pena de multa.
O procurador do trabalho
Cássio Casagrande ameaça
usar contra os clubes decreto
que impede empresas com salários atrasados de serem favorecidas com beneficio fiscal.
Se aceita, a medida pode levar os times a serem excluídos
da loteria Timemania e da Caixa Econômica Federal e perderem patrocínios de estatais como Petrobras, no Flamengo, e
Eletrobrás, no Vasco.
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