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Em campo, rivais aliviam palmeirense
Atletas do Atlético-PR, rival do clube paulista, dizem que ato racista de Danilo é passado e deve ser resolvido pela Justiça
Treinador Leandro Niehues pede que não seja criado clima de vingança e descarta usar episódio como forma de motivação na Copa do Brasil
DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Jogadores e comissão técnica
do Atlético-PR optaram por ignorar, ao menos em público, o
episódio entre os zagueiros
Manoel e Danilo. O palmeirense chamou o rival de "macaco"
e lhe aplicou uma cusparada no
rosto no jogo de ida das oitavas
de final da Copa do Brasil, na
quinta passada, em São Paulo.
Ninguém quis alimentar a
polêmica ontem após o último
treino do Atlético-PR para a
partida de volta, na Arena da
Baixada, hoje às 21h50. O máximo que integrantes da equipe
disseram é que o assunto deve
ser resolvido na Justiça e que
ninguém o levará para um acerto de contas no jogo de hoje.
Manoel não foi escalado pela
assessoria de imprensa do clube para dar entrevistas, e o técnico Leandro Niehues pediu à
imprensa "para ter cuidado" ao
falar do assunto. O objetivo, segundo ele, é evitar um clima de
vingança para a partida. "Isso
não vai ser assunto nem de conversa em preleção ou coisa parecida", afirmou ele.
"O Manoel precisa ter tranquilidade para jogar. Agora, se
vocês [imprensa] começarem a
querer perguntar para o Manoel se é isso ou aquilo, vai alimentar uma situação. Nós já vivemos no Brasil situações de
violência, e isso não pode ser
trazido para dentro de campo."
O técnico disse que passou
aos jogadores que eles não devem pensar na partida de hoje
tendo como foco principal Danilo. "Não menosprezando [o
Danilo], mas qualquer jogador
é muito pequeno perto de uma
instituição como o Palmeiras, e
é da mesma forma aqui: a instituição Atlético-PR é maior."
O pensamento de Niehues
ecoa no elenco palmeirense.
""Acho que vai ser prejudicial
alguém entrar em campo pensando em violência em razão do
que aconteceu no primeiro jogo. Aquilo é um caso que vai ser
julgado e não deve entrar em
campo. O jogo precisa ser limpo", opiniou o meia Lincoln.
""Não posso deixar que um fato isolado atrapalhe toda a
equipe. Estou concentrado para esse jogo e com muita vontade de vencer", afirmou Danilo.
O atacante Alex Mineiro, ex-
-Palmeiras e hoje no Atlético,
disse que o caso "é passado". E
o volante Chico, que a confusão
em São Paulo "deve ser resolvida fora de campo, pela Justiça".
Torcedores do Atlético-PR
anunciaram pela internet que
pretendem protestar contra o
episódio indo ao estádio com os
rostos pintados de preto.
NA TV - Atlético-PR x Palmeiras
Band, ESPN Brasil e Sportv (para SP), ao vivo, às 21h50
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