São Paulo, domingo, 21 de maio de 2006

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Esporte reduz oportunidades para baixinhos

DA REPORTAGEM LOCAL

A altura é cada vez mais fundamental no esporte. As peneiras de basquete e vôlei não costumam selecionar atletas com menos de 1,80 m.
"Hoje é difícil ter um baixinho na quadra. Para ele jogar em nível internacional é preciso que seja diferenciado", diz Hélio Rubens, técnico do time de basquete do Franca.
Para Lula, treinador da seleção masculina, a altura não garante lugar na quadra. "Tem atleta com mais de 2,10 m que atua como se tivesse 1,70 m. A altura é importante, mas é preciso velocidade."
Situação parecida vive o vôlei, o maior refém dos espigados. A seleção juvenil de 2005, com garotos até 21 anos, possui média de estatura de 1,99 m. É 3 cm mais alta que os times adultos campeões olímpicos em Barcelona-92 e Atenas-04.
A piscina também já não acolhe muitos baixinhos. André Ferreira, técnico da equipe infantil de natação do Pinheiros, já descarta até atletas que não possam ganhar estatura. "Uma das primeiras coisas que faço quando seleciono um atleta é conhecer pai e mãe, para ter uma idéia de seu potencial de crescimento. A natação já é território dos altos", diz.
Na ginástica, porém, ser pequeno é vantagem. "Democráticos", futebol e atletismo também abrigam os pequenos. "Dependendo da prova, há diferença de biótipo", aponta Ricardo D'Angelo, técnico de Vanderlei Cordeiro, bronze em Atenas-04. Se baixinhos dominam as provas longas, as curtas são território dos maiores. Com 1,90 m, o jamaicano Asafa Powell é o mais alto velocista a deter o recorde dos 100 m em 20 anos. (ALF, GR E ML)


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