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Esporte reduz oportunidades para baixinhos
DA REPORTAGEM LOCAL
A altura é cada vez mais
fundamental no esporte. As
peneiras de basquete e vôlei
não costumam selecionar
atletas com menos de 1,80 m.
"Hoje é difícil ter um baixinho na quadra. Para ele jogar
em nível internacional é preciso que seja diferenciado",
diz Hélio Rubens, técnico do
time de basquete do Franca.
Para Lula, treinador da seleção masculina, a altura não
garante lugar na quadra.
"Tem atleta com mais de 2,10
m que atua como se tivesse
1,70 m. A altura é importante, mas é preciso velocidade."
Situação parecida vive o
vôlei, o maior refém dos espigados. A seleção juvenil de
2005, com garotos até 21
anos, possui média de estatura de 1,99 m. É 3 cm mais
alta que os times adultos
campeões olímpicos em Barcelona-92 e Atenas-04.
A piscina também já não
acolhe muitos baixinhos. André Ferreira, técnico da equipe infantil de natação do Pinheiros, já descarta até atletas que não possam ganhar
estatura. "Uma das primeiras coisas que faço quando
seleciono um atleta é conhecer pai e mãe, para ter uma
idéia de seu potencial de
crescimento. A natação já é
território dos altos", diz.
Na ginástica, porém, ser
pequeno é vantagem. "Democráticos", futebol e atletismo também abrigam os
pequenos. "Dependendo da
prova, há diferença de biótipo", aponta Ricardo D'Angelo, técnico de Vanderlei Cordeiro, bronze em Atenas-04.
Se baixinhos dominam as
provas longas, as curtas são
território dos maiores. Com
1,90 m, o jamaicano Asafa
Powell é o mais alto velocista
a deter o recorde dos 100 m
em 20 anos.
(ALF, GR E ML)
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