São Paulo, domingo, 21 de maio de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Entrevista

"Sonhamos em pegar o Brasil", afirma volante

DO PAINEL FC

O corintiano Mascherano, 22, que disputa uma vaga no time de José Pekerman, afirma que seus compatriotas sonham em enfrentar o Brasil na Alemanha. Ele não entende como brasileiros vestem a camisa da Argentina, fato comum em partidas do Corinthians. (RP)

 

FOLHA - Compare o futebol argentino com o brasileiro.
JAVIER MASCHERANO -
Os brasileiros pensam sempre em fazer gol, é um futebol mais alegre. Os argentinos são mais táticos. Nosso futebol tem mais choque. O brasileiro joga mais no mano a mano, e os times pequenos do Brasil atacam os grandes. Na Argentina, jogam fechados.

FOLHA - Quais são os favoritos para vencer a Copa?
MASCHERANO -
Brasil, Argentina, Itália e Inglaterra, mas no Mundial não dá para falar com muita certeza. Depois da primeira fase, perdeu um jogo, saiu.

FOLHA - Os argentinos querem pegar o Brasil na Copa?
MASCHERANO -
Todo o nosso país quer jogar contra o Brasil. Pergunte a um moleque brasileiro na rua qual é o sonho dele se virar jogador. Vai dizer que é enfrentar a Argentina. No meu país não é diferente. Todos sonham em jogar contra o Brasil.

FOLHA - Se acontecer esse jogo na Copa, você e o Tevez poderão ajudar o Pekerman com informações sobre como os brasileiros agem, não?
MASCHERANO -
Ele já sabe muito sobre o Brasil.

FOLHA - Agora você vê os brasileiros de maneira diferente?
MASCHERANO -
Antes achava que eles só sabiam dar espetáculo, agora sei que também sabem lutar.

FOLHA - Você ficou surpreso ao ver vários torcedores brasileiros com a camisa da argentina nos jogos do Corinthians?
MASCHERANO -
Muito. Não entendo como podem vestir a camisa de outro país, ainda mais de um grande rival. Pode procurar na Argentina, não vai encontrar ninguém com a camisa da seleção brasileira.

FOLHA - Antes de enfrentar a Argentina, jogador brasileiro fala sempre que não pode cair em provocação. Como é do lado de vocês no clássico?
MASCHERANO -
A gente só fala em jogar. Verdade. No campo podem acontecer algumas provocações, mas nada fora do normal.


Texto Anterior: Argentina se torna mais rival e íntima
Próximo Texto: Desafio de Pekerman é unir seus comandados
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.