São Paulo, domingo, 21 de junho de 2009

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clássico

Rota oposta à da Copa-06 simboliza Brasil e Itália

Duelo em Pretória pode ser o 1º com casa cheia na Copa das Confederações

Bem perto das semifinais do torneio, seleção de Dunga joga para se manter em alta, enquanto rival tenta aliviar crise após série de fracassos

EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
ENVIADOS ESPECIAIS A PRETÓRIA

O Brasil ruma para esquecer o retumbante fracasso na Copa da Alemanha. A Itália tenta reencontrar a fórmula do sucesso que lhe deu seu quarto título mundial há três anos.
Será assim, com os brasileiros em alta e os italianos em baixa, o jogo que encerra hoje, às 15h30, com a promessa, enfim, de casa cheia em Pretória, a primeira fase da Copa das Confederações da África do Sul.
O time de Dunga pode se classificar até com derrota -para isso, por exemplo, terá que torcer para que o Egito não ganhe dos Estados Unidos. Caso os africanos triunfem, basta um empate ou até uma derrota por um gol de diferença para a equipe de Dunga avançar.
Para não depender do resultado do Egito, a Itália precisa superar o Brasil por pelo menos dois gols de diferença.
Se não conseguir, irá aumentar sua lista de fracassos depois da Copa da Alemanha.
A Itália não passou das quartas de final da Eurocopa e faz luta acirrada com a Irlanda pela liderança de seu grupo nas eliminatórias para a Copa-2010.
Além disso, já trocou de técnico depois da Alemanha: dispensou Roberto Donadoni e resgatou Marcello Lippi.
Perdeu sete vezes após o último Mundial, incluindo a maioria dos duelos que fez diante de rivais de peso, como França, Brasil, Espanha e Holanda.
Situação, como é praxe para os italianos, que põe a seleção em pé de guerra com a imprensa do país, que critica duramente o time pela falta de renovação depois do tetracampeonato na Alemanha, em 2006.
Tudo bem diferente, em termos de resultados, do Brasil de Dunga. Com seu atual treinador, a seleção ganhou a Copa América, lidera com folga as eliminatórias sul-americanas e foi derrotada só quatro vezes em 42 partidas disputadas.
Com seu atual técnico, o Brasil tem ótimo aproveitamento nos clássicos -venceu a Argentina duas vezes, o Uruguai outras duas e amistoso contra a própria Itália, no início do ano.
Os dois lados dizem que a rivalidade vai fazer o momento inverso das duas equipes não influir no jogo de Pretória.
"Contra o Brasil, a Itália terá uma postura de um time que precisa da vitória. Vamos fazer de tudo para conseguir o resultado, mas não podemos esquecer que o adversário chama-se Brasil", afirmou Marcello Lippi, que fala em manter o esquema com três atacantes.
"Vai ser uma partida em alta temperatura", declarou o lateral-direito brasileiro Maicon.
"Espero uma vitória do Brasil. Não vai ser fácil. Até pela última partida contra a Itália, em Londres [vitória brasileira por 2 a 0]. Isso ficou marcado para eles. A Itália estará preparada. Será um jogo interessante", disse o meia-atacante Kaká.
Ontem, pelo Grupo A, a Espanha bateu a África do Sul por 2 a 0. Ambas as seleções se classificaram para as semifinais.


NA TV - Brasil x Itália
Globo, Band e Sportv, às 15h30


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