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clássico
Rota oposta à da Copa-06 simboliza Brasil e Itália
Duelo em Pretória pode ser o 1º com casa cheia na Copa das Confederações
Bem perto das semifinais do
torneio, seleção de Dunga joga para se manter em alta, enquanto rival tenta aliviar crise após série de fracassos
EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
ENVIADOS ESPECIAIS A PRETÓRIA
O Brasil ruma para esquecer
o retumbante fracasso na Copa
da Alemanha. A Itália tenta
reencontrar a fórmula do sucesso que lhe deu seu quarto título mundial há três anos.
Será assim, com os brasileiros em alta e os italianos em
baixa, o jogo que encerra hoje,
às 15h30, com a promessa, enfim, de casa cheia em Pretória,
a primeira fase da Copa das
Confederações da África do Sul.
O time de Dunga pode se
classificar até com derrota
-para isso, por exemplo, terá
que torcer para que o Egito não
ganhe dos Estados Unidos. Caso os africanos triunfem, basta
um empate ou até uma derrota
por um gol de diferença para a
equipe de Dunga avançar.
Para não depender do resultado do Egito, a Itália precisa
superar o Brasil por pelo menos
dois gols de diferença.
Se não conseguir, irá aumentar sua lista de fracassos depois
da Copa da Alemanha.
A Itália não passou das quartas de final da Eurocopa e faz
luta acirrada com a Irlanda pela
liderança de seu grupo nas eliminatórias para a Copa-2010.
Além disso, já trocou de técnico depois da Alemanha: dispensou Roberto Donadoni e
resgatou Marcello Lippi.
Perdeu sete vezes após o último Mundial, incluindo a maioria dos duelos que fez diante de
rivais de peso, como França,
Brasil, Espanha e Holanda.
Situação, como é praxe para
os italianos, que põe a seleção
em pé de guerra com a imprensa do país, que critica duramente o time pela falta de renovação depois do tetracampeonato
na Alemanha, em 2006.
Tudo bem diferente, em termos de resultados, do Brasil de
Dunga. Com seu atual treinador, a seleção ganhou a Copa
América, lidera com folga as
eliminatórias sul-americanas e
foi derrotada só quatro vezes
em 42 partidas disputadas.
Com seu atual técnico, o Brasil tem ótimo aproveitamento
nos clássicos -venceu a Argentina duas vezes, o Uruguai outras duas e amistoso contra a
própria Itália, no início do ano.
Os dois lados dizem que a rivalidade vai fazer o momento
inverso das duas equipes não
influir no jogo de Pretória.
"Contra o Brasil, a Itália terá
uma postura de um time que
precisa da vitória. Vamos fazer
de tudo para conseguir o resultado, mas não podemos esquecer que o adversário chama-se
Brasil", afirmou Marcello Lippi, que fala em manter o esquema com três atacantes.
"Vai ser uma partida em alta
temperatura", declarou o lateral-direito brasileiro Maicon.
"Espero uma vitória do Brasil. Não vai ser fácil. Até pela última partida contra a Itália, em
Londres [vitória brasileira por
2 a 0]. Isso ficou marcado para
eles. A Itália estará preparada.
Será um jogo interessante",
disse o meia-atacante Kaká.
Ontem, pelo Grupo A, a Espanha bateu a África do Sul por
2 a 0. Ambas as seleções se classificaram para as semifinais.
NA TV - Brasil x Itália
Globo, Band e Sportv, às 15h30
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