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Especialistas avaliam que disciplina e versatilidade em quadra são determinantes para o tenista do fim do século
Acaba a ditadura do saque 'canhão'
THALES DE MENEZES
da Reportagem Local
Sucesso nas quadras de tênis
neste fim de século, segundo especialistas, significa começar cedo a carreira, ser agressivo e não
depender apenas de um saque
"canhão", característica considerada essencial há alguns anos.
Boa cabeça continuará essencial.
"Os campeões estão cada vez
mais jovens. Becker foi um fenômeno quando ganhou Wimbledon (aos 17 anos, em 85), mas
campeões adolescentes estão virando regra", diz o italiano
Adriano Panatta, ex-"top ten".
"No feminino, a coisa é indecente. Técnicos trabalham como
se suas garotas fossem ficar entre
as dez antes da primeira menstruação", completa o italiano.
Como outros técnicos, ele
aponta a preparação física como
essencial ao bom desempenho
do atleta. Atenção ao abdômen.
Com saques a 200 km/h, não há
tempo para o atleta dar o passo
lateral antes de bater na bola. Dependerá de giro no tronco.
Para o norte-americano Stan
Smith, 50, ex-campeão de Wimbledon, Gustavo Kuerten é um
exemplo de jogador do futuro:
"Alto, magro, com ótimo físico,
boa cabeça para manter a disciplina e atacar sempre".
Segundo Smith, uma divisão
entre tipos de tenista será nítida
nas próximas décadas.
"Um deles será o que vai ganhar títulos juvenis, se preocupar com o profissionalismo depois dos 18 anos e ter uma carreira longa, mas não tão brilhante."
O outro tipo, segundo ele, é o
do garoto muito talentoso, que
aos 14 anos tem todos os golpes.
"Aí, vai ser afastado dos juvenis e preparado para ser um dos
melhores do mundo", explica o
especialista, citando o exemplo
da russa Anna Kournikova, 16.
"Só tenho dó do garoto que
não conseguir alcançar a meta."
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