São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 2008

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Jamaica festeja geração e fim do êxodo de talentos

DO ENVIADO A PEQUIM

O feito de Usain Bolt ontem foi somado ao de Melaine Walker, que cravou o recorde olímpico para triunfar nos 400 m com barreiras, instantes depois de seu compatriota comemorar seu segundo ouro na Olimpíada de Pequim.
Com as vitórias conquistadas ontem, a Jamaica ultrapassou Rússia e EUA e ostentava uma invejável liderança no quadro de medalhas do atletismo olímpico, com quatro ouros e três pratas.
Ainda pode ganhar mais. Com velocistas da estirpe de Bolt, Asafa Powell, Shelly-Ann Fraser e Sherone Simpson, a Jamaica passou a ser considerada favorita também nos revezamentos.
É a melhor geração de velocistas do país caribenho, que sempre alcançou destaque nas provas curtas.
"Nós temos muito mais atletas que acabaram ficando na Jamaica e grandes treinadores. Meu técnico [Glen Mills] me tornou um duplo campeão olímpico e recordista mundial", elogiou Bolt.
De fato, no passado a Jamaica sofria com a fuga de talentos. Dois deles, por exemplo, tornaram-se medalhistas olímpicos na prova mais nobre do atletismo defendendo as cores do Canadá.
Ben Johnson, protagonista do maior escândalo de doping dos 100 m, na Olimpíada de Seul-88, foi bronze nos Jogos de Los Angeles-84.
Já Donovan Bailey, medalhista de ouro na Olimpíada de Atlanta-96, era, até os Jogos de Pequim-08, o recordista olímpico da distância.
"A Jamaica domina o atletismo há 40 anos. Mas agora os atletas estão ficando em casa", afirma Bailey, cujos familiares deixaram a Jamaica quando o futuro velocista tinha 11 anos. (ALF)


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