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Perguntas sem respostas
Em seu 1º dia no Corinthians, Tite desconversa quando questionado sobre temas polêmicos
MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO
Ao ser apresentado ontem
como novo técnico do Corinthians, Tite, 49, mais se escondeu do que se mostrou.
Em entrevista coletiva que
durou cerca de 40 minutos, o
treinador preferiu fugir de assuntos polêmicos, como os
recentes protestos das torcidas, e não fez promessas.
Questionado duas vezes se
deixaria torcedores entrarem
no clube, Tite desconversou.
"Meu trabalho começa
agora, e tenho certeza de
que, nos oito jogos que faltam, vamos ter apoio", disse.
O técnico preferiu não fazer projeções sobre quantos
pontos o time precisa para
chegar ao título do Campeonato Brasileiro. "O campeão
sempre faz de 65% a 68%, vamos trabalhar para isso."
Tite sabe onde está pisando. Ele assume o Corinthians, onde já trabalhou entre 2004 e 2005, em crise.
O time não vence há sete
jogos, conquistou só três dos
últimos 21 pontos que disputou. Nesse período, houve
protestos da torcida no centro de treinamento, no Parque São Jorge e na porta do
vestiário do Pacaembu.
O time está em terceiro lugar na classificação, com 49
pontos, atrás de Cruzeiro (54)
e Fluminense (53). No domingo, enfrentará o Palmeiras.
Foi contra o arquirrival
que Adilson Batista estreou
no Corinthians -empate por
0 a 0, no primeiro turno.
"Há dois meses, quando
saí do Brasil, o Corinthians
era quem apresentava o futebol mais consistente", declarou. "Eu vim aqui para retomar esse trabalho e simplificar as situações", disse.
Tite afirmou também que
conta com Ronaldo para os
oito jogos que faltam até o
fim do Campeonato Brasileiro. "Vamos trabalhar para
que ele esteja inteiro nos oito
jogos, sei da importância do
Ronaldo como definidor."
O Fenômeno fez apenas
quatro partidas no Brasileiro
-anotou dois gols, ambos de
pênalti, e declarou que pretendia participar de todas as
partidas até o final do ano.
O contrato de Tite vai até o
final do ano que vem -coincide com o fim do mandato
de Andres Sanchez como
presidente do Corinthians.
O cartola havia dito, na semana passada, que o substituto de Adilson Batista não
seria herói nem vilão.
"Não estou preocupado
com isso. Estou aqui para fazer o corintiano feliz", desconversou Tite, outra vez.
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