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Santos bate empolgação do Oeste
RICARDO GALLO
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Com adversidades de mais e jogadores de menos, o Santos bateu
o Oeste ontem à noite por 1 a 0,
em Itápolis (a 359 km da capital),
pela primeira rodada do Paulista.
Apesar de enfrentar a empolgação de um adversário que jogava
pela primeira vez na Série A-1 e de
não contar com cinco titulares,
todos na seleção sub-23, o Santos
foi melhor na maior parte do jogo.
Recuado, o time do interior
apostou nos contra-ataques, principalmente no primeiro tempo.
Para empurrar a equipe, a torcida
local compareceu de forma maciça ao estádio Picardão -recém
ampliado de 15 mil para 17 mil lugares, consegue abrigar quase a
metade da população de Itápolis,
estimada em 37 mil pessoas.
Fora de campo, o incentivo vinha das cabines de rádio. A partida foi narrada pelo presidente do
Oeste, Mauro Guerra, radialista e
secretário municipal de Esportes.
Ele demorou a se manifestar sobre a atuação do time, mas não resistiu muito tempo. "Não é possível", esbravejou depois de um ataque perdido. "Nosso time está
muito recuado", disse, impaciente. Guerra assumiu a presidência
do time em 1997, quando a equipe
atuava na obscura B-2, o equivalente à quinta divisão paulista.
O Santos, com a boa atuação de
Renato, aproveitou a condição de
estreante do Oeste e abriu o placar
aos 44min do primeiro tempo.
Jerri recebeu a bola de Renato
dentro da grande área e chutou
no canto esquerdo do goleiro João
Paulo: 1 a 0. Silêncio no estádio e
mudança no pequeno placar eletrônico, recém-inaugurado. O time já havia acertado a trave em
uma cabeçada de Robson.
Até o gol, o time do interior, que
atuava nos erros do Santos, chegou a criar boas chances. "Esse é o
pecado de time pequeno. Você
perde muitas chances e não faz",
disse o lateral Eliélson Carabina.
Aparentemente satisfeito com a
vitória, o Santos voltou mais recuado para o segundo tempo.
Com bolas cruzadas na área santista, o Oeste pressionava.
Com a expulsão do lateral Paulo
César no segundo tempo, a equipe do interior continuou a avançar. As bolas, entretanto, paravam
invariavelmente nos pés dos zagueiros Pereira e André Luís ou
nas mãos de Júlio Sérgio, que disputa a posição de titular no gol
santista com Doni e Mauro.
No domingo, o Oeste pega o
Santo André no ABC, e o Santos,
na Vila, enfrenta o São Caetano.
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