São Paulo, quinta-feira, 22 de janeiro de 2004

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Sob vaias, Cuca e sua legião não saem do zero contra a Ponte Preta

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

A versão 2004 do São Paulo empacou ontem no Morumbi. No primeiro jogo do técnico Cuca e de seis reforços para a temporada -apenas o zagueiro Rodrigo não estreou-, o time não passou de um 0 a 0 com a Ponte Preta na estréia do Campeonato Paulista.
Os jogadores foram vaiados pela torcida, que gritou o nome de Roberto Rojas, treinador em 2003 e atual preparador de goleiros.
Com cinco novos atletas na equipe titular -Cicinho, Fabão, Danilo, Vélber e Grafite-, a equipe do Morumbi sofreu com o desentrosamento e não conseguiu romper o forte bloqueio armado pelo time de Campinas.
"Sabíamos que ia ser assim, difícil. O empate, pelas circunstâncias, foi péssimo para a gente", disse o lateral-direito Cicinho, o melhor em campo ontem.
Mesmo com dois volantes, o São Paulo foi um time bastante ofensivo, como queria Cuca.
Nos primeiros 15 minutos, o time, que jogava em velocidade, já havia criado e desperdiçado várias chances para abrir o placar. Na principal delas, Gustavo Nery, em chute de fora da área, acertou a trave do goleiro Lauro.
Por outro lado, a Ponte Preta se posicionava em seu campo defensivo e tentava articular contra-ataques, mas sem sucesso. O goleiro Rogério não fez uma defesa sequer no primeiro tempo.
A fragilidade do rival fez com que o técnico são-paulino adiantasse seu time. As principais jogadas foram pela esquerda, principalmente com o novato Vélber e com Gustavo Nery, que retornou à lateral, sua posição de origem.
Mesmo assim, a equipe, que chegava com facilidade à área adversária em trocas rápidas de passe, falhava nas finalizações.
No final, Vélber quase fez um gol olímpico. A bola tocou a trave.
"Com três zagueiros é muito difícil entrar, mas acredito que no segundo tempo vamos encontrar um espacinho", constatou Luis Fabiano, no intervalo.
Para tentar confirmar a previsão de seu artilheiro, Cuca tirou Danilo, que teve atuação regular, e colocou o meia Marquinhos, outro recém-chegado ao clube.
Apesar da alteração, o script são-paulino foi o mesmo do primeiro tempo. O time envolvia o rival com passes rápidos, mas não conseguia finalizar com precisão. A Ponte, ao contrário do que fez na etapa inicial, era mais perigosa nos contragolpes.
Cuca, então, resolveu mudar a equipe novamente. Tirou Vélber e colocou Souza em seu lugar.
A essa altura, o São Paulo já explorava as descidas de Cicinho pela direita. Aos 30min, o lateral protagonizou o lance mais bonito da partida. Após troca de passes entre Grafite e Luis Fabiano, ele recebeu na área e chutou para difícil defesa de Lauro.
Aos poucos, porém, os são-paulinos foram se desesperando. Passaram a recorrer a cruzamentos na área para tentar liquidar a partida. Lugano e Souza quase marcaram. "Erramos muitas finalizações, merecíamos melhor sorte. Faltou entrosamento, mas isso é normal. Estamos apenas na segunda semana de trabalho", declarou Grafite, após o jogo.
O São Paulo volta a campo no próximo domingo para enfrentar a Portuguesa, no Canindé.


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