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Sob vaias, Cuca e sua legião não saem do zero contra a Ponte Preta
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
A versão 2004 do São Paulo empacou ontem no Morumbi. No
primeiro jogo do técnico Cuca e
de seis reforços para a temporada
-apenas o zagueiro Rodrigo não
estreou-, o time não passou de
um 0 a 0 com a Ponte Preta na estréia do Campeonato Paulista.
Os jogadores foram vaiados pela torcida, que gritou o nome de
Roberto Rojas, treinador em 2003
e atual preparador de goleiros.
Com cinco novos atletas na
equipe titular -Cicinho, Fabão,
Danilo, Vélber e Grafite-, a equipe do Morumbi sofreu com o desentrosamento e não conseguiu
romper o forte bloqueio armado
pelo time de Campinas.
"Sabíamos que ia ser assim, difícil. O empate, pelas circunstâncias, foi péssimo para a gente",
disse o lateral-direito Cicinho, o
melhor em campo ontem.
Mesmo com dois volantes, o
São Paulo foi um time bastante
ofensivo, como queria Cuca.
Nos primeiros 15 minutos, o time, que jogava em velocidade, já
havia criado e desperdiçado várias chances para abrir o placar.
Na principal delas, Gustavo Nery,
em chute de fora da área, acertou
a trave do goleiro Lauro.
Por outro lado, a Ponte Preta se
posicionava em seu campo defensivo e tentava articular contra-ataques, mas sem sucesso. O goleiro Rogério não fez uma defesa
sequer no primeiro tempo.
A fragilidade do rival fez com
que o técnico são-paulino adiantasse seu time. As principais jogadas foram pela esquerda, principalmente com o novato Vélber e
com Gustavo Nery, que retornou
à lateral, sua posição de origem.
Mesmo assim, a equipe, que
chegava com facilidade à área adversária em trocas rápidas de passe, falhava nas finalizações.
No final, Vélber quase fez um
gol olímpico. A bola tocou a trave.
"Com três zagueiros é muito difícil entrar, mas acredito que no
segundo tempo vamos encontrar
um espacinho", constatou Luis
Fabiano, no intervalo.
Para tentar confirmar a previsão de seu artilheiro, Cuca tirou
Danilo, que teve atuação regular,
e colocou o meia Marquinhos,
outro recém-chegado ao clube.
Apesar da alteração, o script
são-paulino foi o mesmo do primeiro tempo. O time envolvia o
rival com passes rápidos, mas não
conseguia finalizar com precisão.
A Ponte, ao contrário do que fez
na etapa inicial, era mais perigosa
nos contragolpes.
Cuca, então, resolveu mudar a
equipe novamente. Tirou Vélber
e colocou Souza em seu lugar.
A essa altura, o São Paulo já explorava as descidas de Cicinho
pela direita. Aos 30min, o lateral
protagonizou o lance mais bonito
da partida. Após troca de passes
entre Grafite e Luis Fabiano, ele
recebeu na área e chutou para difícil defesa de Lauro.
Aos poucos, porém, os são-paulinos foram se desesperando. Passaram a recorrer a cruzamentos
na área para tentar liquidar a partida. Lugano e Souza quase marcaram. "Erramos muitas finalizações, merecíamos melhor sorte.
Faltou entrosamento, mas isso é
normal. Estamos apenas na segunda semana de trabalho", declarou Grafite, após o jogo.
O São Paulo volta a campo no
próximo domingo para enfrentar
a Portuguesa, no Canindé.
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