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FUTEBOL
Único da capital no torneio, time de Picerni encara Paulista na semifinal
Palmeiras avança e agora terá que jogar como grande
PAULO GALDIERI
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
Se o Palmeiras pretendia "esquecer" que é grande para poder
jogar sem favoritismo e continuar
na luta pelo título do Paulista,
agora será impossível.
A equipe do Parque Antarctica
foi ontem a Santos e derrotou a
Portuguesa Santista, de virada,
por 2 a 1, pelas quartas-de-final do
campeonato estadual.
A classificação e a derrota do
São Paulo (2 a 0) para o São Caetano colocaram o Palmeiras na condição de único time da capital do
Estado que segue na disputa.
"O São Paulo perdeu? Então
agora só sobrou a gente. Vamos
tentar levantar o título", declarou
o meia Pedrinho, surpreso com a
eliminação do arqui-rival.
"Mérito nosso. Quietinhos e
com humildade, a gente vai chegando", comemorou Jair Picerni,
técnico palmeirense.
O Palmeiras teve de começar a
partida com uma formação diferente da que habitualmente joga.
Com a contusão do volante Magrão, que foi vetado por causa de
dores musculares, Marcinho foi
escalado. Isso deixou o time com
dois volantes mais defensivos.
Correa, que vinha jogando como o último homem no meio-campo, teve de desempenhar a
função de Magrão, mas não avançava tanto como o titular costuma
fazer. Com isso, Diego Souza era o
responsável por armar o time, já
que Pedrinho atuou mais próximo ao ataque.
Os palmeirenses, que dominavam as ações ofensivas, tinham
espaço para contra-atacar -a
Santista entrou com três atacantes-, mas acabavam errando no
último passe antes da finalização.
A equipe de Jair Picerni tentava
também se aproveitar do campo
molhado pela chuva com chutes
de fora da área. Foi dessa forma
que criou suas melhores chances
na etapa inicial. Porém, apesar do
domínio palmeirense, foi o time
da casa que abriu o placar.
Aos 22min, Beto aproveitou
cruzamento feito em cobrança de
falta e tocou para a rede.
As bolas alçadas na área tem sido a principal deficiência da defesa do Palmeiras. Dos últimos cinco gols que sofreu, quatro foram
em jogadas aéreas.
Depois do gol, a Santista recuou
e conseguiu se manter na frente
até o final do primeiro tempo,
mesmo com um jogador a menos
-o zagueiro Diguinho foi expulso aos 33min.
"Estamos com um atleta a mais.
Precisamos aproveitar", disse
Diego Souza, no intervalo.
E foi o que o time fez.
Desde o início da segunda etapa
a equipe do Parque Antarctica
passou a ameaçar mais o gol defendido por Cristiano.
Para isso, foi fundamental a alteração tática feita por Jair Picerni
no intervalo. Ele tirou o volante
Marcinho e colocou mais um atacante, Rafael Marques. Com a entrada do atleta, Muñoz,que substituiu Adriano Chuva, contundido, no fim da etapa inicial, se deslocou para a esquerda. E, por
aquele setor, ele foi o responsável
pelas duas assistências que resultaram na virada palmeirense.
O empate aconteceu aos 11min,
quando o colombiano recebeu de
Pedrinho e tocou para o atacante
Vágner marcar.
Quatro minutos depois, foi a vez
de Muñoz servir Pedrinho para
colocar o Palmeiras na frente do
marcador: 2 a 1.
A partir daí, o Palmeiras passou
a perder chances claras de gol que
só não custaram a classificação
porque Marcos fez importante
defesa, aos 45min, na cabeçada
desferida pelo goleiro Cristiano.
O próximo adversário da equipe do técnico Jair Picerni será o
Paulista -um sorteio a ser realizado hoje definirá os mandos dos
dois confrontos.
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