São Paulo, domingo, 22 de março de 2009

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Diego sofre novo revés diante de rival do ano

Em Cottbus, ginasta se surpreende com japonês e prevê duelos até o Mundial

Depois de obter a prata no solo, brasileiro diz que terá que alterar sua série para bater Kohei Uchimura, que vingou derrota de dezembro

CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL

Em sua primeira decisão em 2009, ontem, na Copa do Mundo em Cottbus, Diego Hypólito arriscou, mas, de novo, não conseguiu superar seu maior rival no solo nesta temporada.
Sem poupar acrobacias da série que considera a mais difícil da carreira, o ginasta paulista exibiu erros de execução e acabou com a medalha de prata, com 15,125 pontos, 0,308 a menos que na primeira fase, quando também ficou em segundo.
O ouro foi para o japonês Kohei Uchimura, que tirou a nota mais alta do solo na temporada, 15,700, e deu o troco em Diego. Em dezembro, na finalíssima da Copa, fora batido pelo rival.
"Foi surpresa. Tanto o Uchimura quanto os outros japoneses serão rivais duros neste ano, porque já faziam elementos difíceis e não tiveram que mudar muito para se adaptar às novas regras", afirmou Diego.
Apesar de faturar seu 19º pódio na Copa, ele saiu do tablado do Lausitz Arena certo de que terá que alterar a coreografia.
"Minha série é mais difícil do que a do Uchimura, que deverá ser meu grande rival até o Mundial [em outubro]. Mas acho que terei que inserir outra passada [quando cruza tablado fazendo acrobacias], simplificar certas coisas e não errar."
Ontem, devido a falhas, Diego teve sua nota de partida, que seria de 16,60, cotada a 16,30 -a do japonês saiu de 16,50. "Não consegui fazer uma pirueta a mais na abertura da série e isso prejudicou", disse ele, que viu Dimitrios Markousis (GRE) levar o bronze, com 14,975.
Mesmo sobrepujado pelo japonês, que também ficou à sua frente na Olimpíada, Diego se disse otimista: "A série dele é o que vimos, dificilmente mudará. Já a minha sim. Se eu tivesse feito o que fiz na classificatória, com o último movimento que usei na final, tiraria 15,800".
Além dos 24 pontos obtidos pela prata -seus primeiros na Corrida dos Campeões, que terá mais sete etapas neste ano-, o ginasta receberá prêmio de 600 francos suíços (R$ 1.205).
O atleta, que perdeu 85% de seus vencimentos com a saída de patrocinadores e aguarda verba da Prefeitura de Niterói, levará pelo menos mais R$ 100 por chegar à final do salto, hoje.


NA TV - Copa de Cottbus
Sportv, ao vivo, às 10h15


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