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Diego sofre novo revés diante de rival do ano
Em Cottbus, ginasta se surpreende com japonês e prevê duelos até o Mundial
Depois de obter a prata no solo, brasileiro diz que terá que alterar sua série para bater Kohei Uchimura, que vingou derrota de dezembro
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL
Em sua primeira decisão em
2009, ontem, na Copa do Mundo em Cottbus, Diego Hypólito
arriscou, mas, de novo, não
conseguiu superar seu maior
rival no solo nesta temporada.
Sem poupar acrobacias da série que considera a mais difícil
da carreira, o ginasta paulista
exibiu erros de execução e acabou com a medalha de prata,
com 15,125 pontos, 0,308 a menos que na primeira fase, quando também ficou em segundo.
O ouro foi para o japonês Kohei Uchimura, que tirou a nota
mais alta do solo na temporada,
15,700, e deu o troco em Diego.
Em dezembro, na finalíssima
da Copa, fora batido pelo rival.
"Foi surpresa. Tanto o Uchimura quanto os outros japoneses serão rivais duros neste
ano, porque já faziam elementos difíceis e não tiveram que
mudar muito para se adaptar às
novas regras", afirmou Diego.
Apesar de faturar seu 19º pódio na Copa, ele saiu do tablado
do Lausitz Arena certo de que
terá que alterar a coreografia.
"Minha série é mais difícil do
que a do Uchimura, que deverá
ser meu grande rival até o Mundial [em outubro]. Mas acho
que terei que inserir outra passada [quando cruza tablado fazendo acrobacias], simplificar
certas coisas e não errar."
Ontem, devido a falhas, Diego teve sua nota de partida, que
seria de 16,60, cotada a 16,30
-a do japonês saiu de 16,50.
"Não consegui fazer uma pirueta a mais na abertura da série e
isso prejudicou", disse ele, que
viu Dimitrios Markousis (GRE)
levar o bronze, com 14,975.
Mesmo sobrepujado pelo japonês, que também ficou à sua
frente na Olimpíada, Diego se
disse otimista: "A série dele é o
que vimos, dificilmente mudará. Já a minha sim. Se eu tivesse
feito o que fiz na classificatória,
com o último movimento que
usei na final, tiraria 15,800".
Além dos 24 pontos obtidos
pela prata -seus primeiros na
Corrida dos Campeões, que terá mais sete etapas neste ano-,
o ginasta receberá prêmio de
600 francos suíços (R$ 1.205).
O atleta, que perdeu 85% de
seus vencimentos com a saída
de patrocinadores e aguarda
verba da Prefeitura de Niterói,
levará pelo menos mais R$ 100
por chegar à final do salto, hoje.
NA TV - Copa de Cottbus
Sportv, ao vivo, às 10h15
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