São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 2003 |
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FUTEBOL Time fica duas vezes em desvantagem, reage e joga na Vila por vitória simples para ir à semifinal da Libertadores Diego salva Santos na altitude mexicana
DA REPORTAGEM LOCAL Com gols de Renato e Diego, o Santos arrancou um empate em 2 a 2 ontem diante do Cruz Azul, no estádio Azteca, na Cidade do México, em jogo de ida das quartas-de-final da Libertadores-03. Os times voltam a jogar na próxima quarta-feira na Vila Belmiro, com o Santos precisando de uma vitória simples -um novo empate leva aos pênaltis. O vencedor enfrenta o ganhador da chave entre Grêmio e Independiente Medellín (COL), que fazem a primeira partida hoje. Com o resultado, os santistas mantiveram a invencibilidade na Libertadores-2003 -são agora quatro vitórias e cinco empates. Apesar da recepção como esquadrão comparável à equipe da época de Pelé e Coutinho, o Santos não correspondeu às expectativas no gramado, e o empate representou a um excelente placar para os brasileiros. "Acabou sendo um bom resultado, porque saímos atrás duas vezes e buscamos a diferença", disse ao final um ofegante Diego, mostrando que a altitude foi um rival a mais para os brasileiros. O time se mostrou muito individualista, principalmente seu astro Robinho, mas também Diego abusou no primeiro tempo. O técnico Emerson Leão observou isso e se mostrou irritado. "Estamos muito egoístas. Com mais passes, faríamos mais gols", disse o treinador no intervalo. Os dois times davam liberdade no meio-campo, mas formavam muralhas na entrada da área. Por isso, não é de estranhar que os gols no primeiro tempo saíssem em chutes de longa distância. O veterano Palencia abriu o placar aos 17min, ao se livrar do zagueiro Alex e emendar um chute, de fora da área, direto para o ângulo direito de Júlio Sérgio. O Santos aplicou a mesma receita para empatar a partida quatro minutos depois. A bola sobrou para o volante Renato na entrada da área. Ele chutou forte e cruzado, sem defesa para Pérez. Alex e Elano também experimentaram de fora, levando perigo aos mexicanos, que responderam com Zepeda -ele mandou a bola no travessão brasileiro. Os chutes potentes foram beneficiados pelo efeito pelo ar rarefeito da altitude de 2.300 m da Cidade do México. Para o segundo tempo, além de trocar o calção preto pelo branco, o Santos veio com Nenê no lugar de Reginaldo Araújo, exigindo que Elano fosse à lateral direita. E foi por esse setor que saiu o segundo gol mexicano. A bola cruzada da direita foi interceptada por Palencia para as redes. Como fizera após o primeiro gol, a torcida no estádio Azteca gritava "olé" a cada passe dos atletas do Cruz Azul e vaiava bem alto cada toque dos visitantes. Já o Santos insistia nos chutes de longe, seja com Diego, Elano ou André Luís. Aos 15min, Leão apostou em outra mudança, tirando um Robinho improdutivo e colocando pelo meia Fabiano para tirar espaço do rival. O Cruz Azul, porém, continuava pressionando, com várias chances em jogadas pela direita. Já o Santos tentava desorganizadamente o empate, que aconteceu aos 31min. O goleiro Pérez errou ao sair para disputar uma bola fora da área com William. A bola sobrou para Diego, que dominou e, da intermediária oponente, bateu por cobertura, superando o guarda-meta e um zagueiro. Texto Anterior: Futebol - Soninha: Português e matemática Próximo Texto: Grêmio tenta repetir semifinal na América Índice |
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