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Na torcida, Chico Buarque não canta
ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO
Ao estilo sofredor, o
cantor Chico Buarque, 63,
acompanhou a classificação do Fluminense nas cadeiras especiais do Maracanã ao lado do neto rubro-negro, Francisco, 11.
Antes do jogo, disse que
foi preparado para sofrer.
No intervalo, elogiou o lateral-esquerdo Junior César e o zagueiro Thiago Silva. "Estão jogando bem."
Chico fez o tipo torcedor
apreensivo. Pouco levantava da cadeira ou gritava.
Sorria ou fechava o rosto.
No primeiro gol, pulou,
sorriu e abraçou o neto.
Durante o primeiro
tempo, Chico não cantou
junto com a torcida. "Uma
coisa que eu não faço é
cantar", disse o cantor,
sorrindo sem graça. Na
maioria dos ataques são-paulinos, fechava o rosto.
Nas bolas perdidas pelo
tricolor carioca, abaixava a
cabeça e lamentava.
Em algumas jogadas, esboçava comentários. Após
o meia Thiago Neves perder uma bola na intermediária e ceder um contra-ataque para a equipe do
São Paulo, murmurou:
"Não acerta uma...". "Eu
reclamei do juiz. Nunca
reclamo dos meus jogadores", explicou no intervalo.
A torcida do Fluminense, no entanto, por sorte
não depende de Chico.]
Ela cantou durante todo
o jogo e lançou os tradicionais sacos de pó-de-arroz
na festa pela sofrida vaga.
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