São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 2008

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Na torcida, Chico Buarque não canta

ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO

Ao estilo sofredor, o cantor Chico Buarque, 63, acompanhou a classificação do Fluminense nas cadeiras especiais do Maracanã ao lado do neto rubro-negro, Francisco, 11.
Antes do jogo, disse que foi preparado para sofrer. No intervalo, elogiou o lateral-esquerdo Junior César e o zagueiro Thiago Silva. "Estão jogando bem."
Chico fez o tipo torcedor apreensivo. Pouco levantava da cadeira ou gritava. Sorria ou fechava o rosto. No primeiro gol, pulou, sorriu e abraçou o neto.
Durante o primeiro tempo, Chico não cantou junto com a torcida. "Uma coisa que eu não faço é cantar", disse o cantor, sorrindo sem graça. Na maioria dos ataques são-paulinos, fechava o rosto. Nas bolas perdidas pelo tricolor carioca, abaixava a cabeça e lamentava.
Em algumas jogadas, esboçava comentários. Após o meia Thiago Neves perder uma bola na intermediária e ceder um contra-ataque para a equipe do São Paulo, murmurou: "Não acerta uma...". "Eu reclamei do juiz. Nunca reclamo dos meus jogadores", explicou no intervalo.
A torcida do Fluminense, no entanto, por sorte não depende de Chico.]
Ela cantou durante todo o jogo e lançou os tradicionais sacos de pó-de-arroz na festa pela sofrida vaga.


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