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Derly desafia traumas e outro cubano
DO ENVIADO AO RIO
Único brasileiro que
tem no currículo o título
de campeão mundial de
judô, o meio-leve (até 66
kg) gaúcho João Derly, 26,
luta hoje para superar
traumas recentes e antigos. Em 2003, quando ainda competia entre os ligeiros (até 60 kg), ele foi o
único membro da seleção
masculina a deixar Santo
Domingo sem medalhas.
Sofreu muito para chegar ao limite de peso daquela categoria e competiu debilitado fisicamente.
Com isso, a CBJ obrigou a
migração do atleta para os
66 kg e o cortou do Mundial de Osaka, realizado
um mês após o Pan.
À época, o atleta não
achou que mudar de categoria era a melhor opção.
Mas como, em princípio, a
pontuação que fizera no
qualificatório olímpico como ligeiro foi computada
na seletiva do meio-leve
para Atenas-2004, acreditou que o prejuízo à época
era apenas sacrificar o torneio no Japão.
Outros meio-leves do
processo seletivo não aceitaram que o ranking da categoria contabilizasse torneios de Derly como ligeiro e foram à Justiça. Resultado: houve nova seletiva, e o gaúcho perdeu.
Ou seja, com o fiasco no
Pan de 2003, o maior nome do judô brasileiro hoje
foi privado de um Mundial
e da Olimpíada de Atenas.
"Minha maior motivação no Rio é o Pan passado,
que deixou um gosto
amargo. Tive um resultado muito ruim", diz ele.
"Aí veio a troca de peso,
que mudou tudo na minha
vida. Quero a medalha
agora para apagar aquele
Pan", fala ele, que cita como maior rival o cubano
Yordanis Arencibia.
É este o trauma recente.
Na etapa brasileira da Copa do Mundo, em maio, o
rival superou Derly em
Belo Horizonte, em uma
luta que, segundo o gaúcho, "ficou entalada".
(LF)
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