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Com luxação no braço, Canto perde pódio e Mundial
DO ENVIADO AO RIO
Judoca mais velho da seleção
brasileira, Flávio Canto, 32, teve mais prejuízos do que deixar
a competição de ontem no Pan
com uma luxação no braço direito e sem medalhas.
Segundo a Folha apurou, sua
participação no Campeonato
Mundial, que vai acontecer a
partir de 13 de setembro, também no Rio de Janeiro, está
praticamente descartada.
Canto e Tiago Camilo, 25, tinham prevista uma competição na Alemanha no segundo
final de semana de agosto. Nessa disputa, seria definido o titular dos 81 kg do país no Mundial. A lesão sofrida ontem no
braço direito afasta o carioca
dessa etapa e, conseqüentemente, do outro evento.
O atleta da Gama Filho será
reavaliado nos próximos dias,
quando o seu cotovelo desinchar e uma ressonância magnética apontar o grau do comprometimento dos ligamentos
do braço. Mas o médico da seleção, Wagner Castropil, já antecipou que Canto terá que ficar,
pelo menos, entre quatro e seis
semanas sem vestir o quimono.
"Se a lesão foi mais séria, ele
pode ficar inativo por até dois
ou três meses. Em nenhum caso, porém, a indicação é cirúrgica", conta o ortopedista.
"Vamos analisar a situação
com a cabeça fria, mas posso
afirmar que, em princípio, Flávio não vai disputar a seletiva.
Mesmo que se recupere a tempo, dificilmente estará bem
treinado", analisa o coordenador técnico Ney Wilson.
Provável titular no Mundial,
Camilo, campeão do Pan nos
90 kg, lamentou ao informado
pela Folha da situação de Canto. "Espero a definição oficial.
Não queria que fosse assim."
Mesmo com o braço fora do
lugar, ele seguiu enfrentando
Travis Stevens (EUA), que faturou o ouro. Se parasse o duelo por intervenção médica, não
poderia, depois, tentar o bronze. Então, lesionado, não defendeu ataque e levou o ippon.
Castropil entrou no tatame e
"reduziu" a luxação, recolocando o braço de Canto no lugar.
"Ele queria continuar na
competição, mas eu argumentei que seria arriscado lutar
com luxação, então ele acabou
concordando", narra o médico.
Depois, o judoca foi levado
ao hospital Barra D'Or, onde
passou por uma radiografia e
foi, na seqüência, imobilizado.
Foi receitado um analgésico
forte, segundo o médico. Por isso o atleta ficou em repouso e
não deu entrevistas.
(LF)
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