São Paulo, domingo, 22 de julho de 2007

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Com luxação no braço, Canto perde pódio e Mundial

DO ENVIADO AO RIO

Judoca mais velho da seleção brasileira, Flávio Canto, 32, teve mais prejuízos do que deixar a competição de ontem no Pan com uma luxação no braço direito e sem medalhas.
Segundo a Folha apurou, sua participação no Campeonato Mundial, que vai acontecer a partir de 13 de setembro, também no Rio de Janeiro, está praticamente descartada.
Canto e Tiago Camilo, 25, tinham prevista uma competição na Alemanha no segundo final de semana de agosto. Nessa disputa, seria definido o titular dos 81 kg do país no Mundial. A lesão sofrida ontem no braço direito afasta o carioca dessa etapa e, conseqüentemente, do outro evento.
O atleta da Gama Filho será reavaliado nos próximos dias, quando o seu cotovelo desinchar e uma ressonância magnética apontar o grau do comprometimento dos ligamentos do braço. Mas o médico da seleção, Wagner Castropil, já antecipou que Canto terá que ficar, pelo menos, entre quatro e seis semanas sem vestir o quimono.
"Se a lesão foi mais séria, ele pode ficar inativo por até dois ou três meses. Em nenhum caso, porém, a indicação é cirúrgica", conta o ortopedista.
"Vamos analisar a situação com a cabeça fria, mas posso afirmar que, em princípio, Flávio não vai disputar a seletiva. Mesmo que se recupere a tempo, dificilmente estará bem treinado", analisa o coordenador técnico Ney Wilson.
Provável titular no Mundial, Camilo, campeão do Pan nos 90 kg, lamentou ao informado pela Folha da situação de Canto. "Espero a definição oficial. Não queria que fosse assim."
Mesmo com o braço fora do lugar, ele seguiu enfrentando Travis Stevens (EUA), que faturou o ouro. Se parasse o duelo por intervenção médica, não poderia, depois, tentar o bronze. Então, lesionado, não defendeu ataque e levou o ippon.
Castropil entrou no tatame e "reduziu" a luxação, recolocando o braço de Canto no lugar.
"Ele queria continuar na competição, mas eu argumentei que seria arriscado lutar com luxação, então ele acabou concordando", narra o médico.
Depois, o judoca foi levado ao hospital Barra D'Or, onde passou por uma radiografia e foi, na seqüência, imobilizado.
Foi receitado um analgésico forte, segundo o médico. Por isso o atleta ficou em repouso e não deu entrevistas. (LF)


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