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VÔLEI DE PRAIA
Juliana e Larissa, com prazer, levam ouro
Dupla festeja no alambrado e ignora provocação de rival
DA ENVIADA AO RIO
Juliana e Larissa fizeram
uma festa particular ontem em
Copacabana. A dupla conquistou o ouro com facilidade, subiu no alambrado para comemorar com amigos, parentes e
torcedores, fez discurso e cantou "Parabéns a Você" a Juliana, que completa 25 anos hoje.
Com a partida que terminou
em 2 a 0 sobre as cubanas Fernandez e Larrea, a dupla voltou
a se sentir feliz.
"Tenho que agradecer à torcida. Até pela grande quantidade de jogos que enfrentamos,
havia esquecido como é bom
sorrir em uma partida, fazer o
que você ama. Eu, de certa forma, me superei e revivi esse
prazer de jogar", disse Larissa.
Após o jogo, durante entrevista coletiva da dupla brasileira, uma das cubanas jogou um
copo d'água no rosto de Juliana, mas nem isso estragou a festa da equipe.
A medalha de bronze no vôlei
de praia ficou com as mexicanas Candelas e Garcia.
"Eu senti um friozinho na
barriga com aquele povo todo
gritando nosso nome. Acho que
até esqueci de jogar e cometi alguns erros no começo da partida", declarou Larissa.
"Sempre sou muito séria e
responsável, mas hoje [ontem]
me senti uma pessoa normal.
Eu me senti frágil, me senti forte", disse a atleta de 25 anos.
A dupla encarou uma maratona para disputar o Pan no
Rio, chegou às vésperas da estréia e viajará hoje para o Mundial, que será na Suíça.
"Esse campeonato é uma das
nossas metas. Se você ganhar,
estará com os pés na Olimpíada. Foi bom que coincidiu com
o Pan, porque a gente vai com
muita energia", disse Larissa.
Segundo as atletas, o Pan serviu como um laboratório para
elas, que querem representar o
Brasil nos Jogos Olímpicos.
"Independentemente do que
aconteceu, a gente lutou muito.
Quem conhece Juliana e Larissa até se surpreendeu com nosso comportamento, sempre feliz", completou a atleta.
Esta foi a primeira vez que a
dupla brasileira disputou o
Pan. Em Santo Domingo-2003,
Juliana estava lesionada, e Larissa jogou ao lado da ex-jogadora Ana Richa -levaram a
medalha de bronze.
"Aquela experiência, para
nós, foi como uma medalha de
ouro. A Larissa cresceu muito.
Mas eu fiquei com medo de que
ela não fosse mais voltar para
mim", brincou Juliana.
Larissa voltou. E as parceiras
iniciaram uma trajetória de sucesso. Hoje somam dois títulos
do Circuito Mundial.
Neste ano, a dupla teve um
início de temporada tumultuado. Em janeiro, Joana, irmã de
Juliana, morreu em uma explosão de um botijão de gás.
Depois, por causa do Pan, a
dupla alterou seu calendário.
As jogadoras faltaram a algumas etapas do Circuito Mundial e apresentaram desempenho irregular.
Mesmo assim, as atletas estão na segunda colocação do
ranking mundial, atrás da dupla chinesa formada por Tian
Jia e Wang. São as melhores do
Brasil na lista.
(ML)
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